sábado, 15 de outubro de 2011

A igreja estava toda iluminada....

Para me inspirar, para escrever este pseudo-artigo, decidi ouvir uma banda de culto da música ligeira portuguesa: os grandes, os extraordinários, os magníficos, os Trio Odemira! É a música que eleva ao ponto mais alto o casamento! Com uma mistura de instrumentais avassaladores e com um leque de falsetes arrepiantes, o Anel de Noivado relata o dia do casamento, pelo ponto de vista de um homem que no fundo queria estar no lugar do noivo e assistia ao casamento da mulher, por si amada com outro ( peço desculpa pela falta de organização da construção desta oração)! Da música destaco o belo instrumental introdutório, que serve de rampa de lançamento para a obra-prima que vem de seguida .


E porquê este tema? Numa conversa de amigos, nesta semana falávamos sobre o assunto, que já tínhamos muitos amigos casados, que hoje em dia os casamentos não são para a vida, etc, etc. E o que é certo é que esta tertúlia me fez meditar, em alguns aspectos caricatos, que envolvem a cerimónia propriamente dita.


1º A tradição de o noivo não puder ver o vestido de noiva antes da cerimónia - Para mim é ridículo! Dizem que dá azar! Mas e se o noivo não gostar do vestido? Toca a música, entra a noiva e.... está horrível !  Um saco de batatas branco a desfilar pela igreja! Que bonito! Isto acontece, porque as pessoas mentem ( "todas as pessoas mentem" como diria Dr. House), e sempre dizem que a noiva está muito bela! Não há um convidado que tenha a decência de dizer: oh noiva pareces um pavão branco! Há noivos que só não fogem por vergonha, que eu sei!


2º A tradição de se atirar arroz, quando os noivos saem da igreja - Cria-me muita confusão este costume! Para já é um desperdício de comida. Depois suja-se a via pública. E por fim, há coisas que teriam muito mais piada atirarem-se no momento da saída dos noivos, como por exemplo sal ou pimenta, para dar sorte à noite de núpcias.
Já Lúcifer gostaria de ver água lançada aos noivos, para ver uma noiva miss t-shirt molhada! Seria bem mais engraçado! Ao noivo podiam-se atirar cordas de enforcar!
Agora arroz? O arroz vem de uma tradição asiática, que tem como significado prosperidade! Mas o arroz na nossa cultura não é símbolo de prosperidade, antes pelo contrário. Normalmente às famílias pobres é que se dá arroz, quando não o têm! Um bom símbolo de prosperidade seria atirar-se em vez de arroz, atirar-se o marisco. Sapateiras, lagostins, lagostas, camarões, etc. Claro que os fatinhos ficavam mais sujinhos, mas isso são pormenores.

3º A noiva atirar o ramo às solteiras - Diz a tradição que a solteira que apanhar o ramo, que a noiva lança , no copo de água, será a próxima a casar. E como há muita mulher parva, que acredita nisto, dão-se verdadeiras batalhas campais, pela conquista do bouquet entre as solteiras. Pior ainda é quando existem solteironas pelo meio. É que as solteironas são aquelas que ninguém pega, por isso esta batalha tem tudo menos beleza implícita. Já cheguei a ver em alguns matrimónios, alguns sobrolhos abertos, e aqui e ali uns dentes a saltarem. Solteironas, se nos estão a ler, Lúcifer deixa-vos um conselho: aproveitem o casamento para conhecer outros solteiros e não armem zaragata, é que um dia de festa não deve acabar em desgraça.


4º Troca de alianças entre os noivos - Por fim, vou falar de uma tradição que entendo, contudo penso que estará desactualizada. A troca das alianças entre os noivos é um gesto bonito sem dúvida, mas que nos dias de hoje, na minha opinião poderia ser realizado de outra forma. Isto porque considero, que a igreja se tem de adaptar aos tempos modernos. Em vez, da troca de dois simples anéis, para quem entendesse poderia haver troca de tatuagens ou uma troca de piercings. Por exemplo, os noivos contratavam um tatuador e deitados numa marquesa enquanto declaravam os votos, este realizava duas bonitas tatuagens. Sugestão: borboletas ao fundo das costas, que poderia significar que um amor tinha desabrochado e saído do casulo!

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