domingo, 24 de maio de 2015

O HOMEM ESTÁ DE VOLTA!!!

Finalmente uma notícia que é um oásis, no meio de tanta desgraça saber que o bom velho HOMEM está de volta é digno de destaque. Vejam a notícia:



Sendo assim lanço aqui, como Almada Negreiros (ou recentemente Filipe Homem Fonseca)  um manifesto. O Manifesto anti-six pack: 

HOMENS, larguem o ginásio, o haltere, a bola medicinal e os pesos! Que é uma canseira e ainda podem ficar com uma hérnia discal. Deixem as aveias, os suplementos, as barras energéticas e os batidos maricas. Que podem ser muito nutritivos, mas desregulam o intestino e podem provocar hemorróidas. Parem de correr, larguem o running e o jogging! Que todo o exercício acabado em "ing" é muito parving e sem sentiding. O único exercício que verdadeiramente recompensa é a power walk até ao frigorífico. Agarrem as fatias de pizza, os couratos e as minis. Não reneguem as vossas origens e cacem todos os bitoques, alheiras e francesinhas que conseguirem.  Barrigas felizes são aquelas que têm dentro de si o six pack e não à sua volta. Vivam comendo, vivam bebendo, vivam exercitando a vossa goela e o vosso estômago! Coloquem em forma o vosso paladar. Soltem as amarras da escravidão de um corpo musculado. Deixem de ser vaidosos, as férias não servem para mostrar o corpo, servem para ser desfrutadas. 

Cortem, aparem, amputem as pilosidades da cara! Fora os lumbersexual!  No Verão, andar aí com a cara que nem um Marreta é insuportável. Além de dar comichão é um bom espaço para uma colónia de férias para bicharada. Fora os cabeças de piaçaba! Que o piaçaba apenas serve para limpar a m.... (na verdade gostava de ter barba, mas os pelos que têm mal conseguem jogar à bisca, quanto mais à sueca). 

HOMENS, estamos de volta. Dad bods, ergam-se (se conseguirem). De barrigas erectas marcharemos em busca do lugar que é nosso por direito. No sofá, de mini em punho, orquestrando a bola que passa na televisão. 

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Para terminar, vou recomendar uma série de anime que andei a ver nos últimos tempos, Cowboy Bebop. Não sou o maior adepto do género, mas de vez em quando gosto de uma boa dose de loucura nipónica. A banda sonora de toda a série é brilhante, mas o tema inicial encrostou-se na minha mente:


terça-feira, 5 de maio de 2015

1º de Maio, dia do Poupador

Na sexta-feira a tradição manteve-se, no primeiro dia do mês de maio,os portugueses saíram à rua para festejar... as promoções das grandes superfícies claro! 

Nessa manhã tive de comprar pão (que com manteiga é tão bão, pão, pão, pão... ) e fui confrontado com um cenário de guerra logo no parque de estacionamento do supermercado. Carros pareciam chaimites, conduzidas por pessoas sedentas de promoções. Mal saí do carro observei que esta gente se deslocava como uma manada enfurecida, na direcção das portas da superfície comercial. Julgo ter visto vários consumidores equipados com coldres repletos de sacos plásticos, prontos a sacar (ou ensacar) após o pagamento. Assisti a velhotas de bandanas do Inatel na cabeça, com coletes de munições, cheios de cartões e cupões de descontos com licença para comprar.  

Lá dentro um cenário absolutamente assustador, enormes bichas, perdão, enormes filas para a secção de charcutaria, talho e peixaria. A espera chegava atingir a meia centena de clientes. Eu prefiro passear no campo ou ir à praia num feriado, mas respeito quem pratique o promoting. O promoting é um desporto em grande expansão no nosso país e que dá para praticar de várias formas: talão, cartão, voucher, desconto directo, pague 3 leve 2, são só alguns exemplos de como se pode praticar esta modalidade. E espaços para praticar promoting não faltam. No entanto, os treinos são exigentes. O praticante de promoting não compra nada que não esteja em promoção. " Não temos papel higiénico em casa? Só daqui a duas semanas estará em promoção, até lá limpas o rabinho a estes folhetos do (in)Continente e às dicas da semana que trouxe do Lidl, filho!"

Os carrinhos de compras eram tantos que os arrumadores estavam dentro do supermercado e não no estacionamento. " Menina, tem ali um lugar na secção dos frescos, dê-me uma moedinha". Verdadeiros engarrafamentos surgiam nos corredores, sendo as prateleiras  rotundas e as caixas portagens. Já devia existir um sistema de leitura de compras, onde o cliente passasse pelo pórtico como nas portagens e  o valor das compras descontado através de um sistema do tipo via verde (acho que para a semana vou ao Shark Tank com esta ideia)

Na hora de pagar, a banda sonora era a chinfrineira do "pupupu" dos leitores de códigos de barras. E enquanto esperava e desesperava na fila, fui criando na minha mente misturas de músicas pimba com os "pupupus": 

- Pupupu, mexe o Pupupu - Remix de Taiti, Mexe o Tutu
- Eu olho para a esquerda e Pupu-pupu, eu olho para a direita e Pupu-pupu - Remix de Ruth Marlene, Pisca-Pisca
- Quero cheirar o teu Pupu, Maria, quero cheirar o teu pupu, Mariazinha deixa-me ir à casinha deixa-me ir à casinha cheirar o teu pupu - Quim Barreiros, Quero Cheirar teu Bacalhau.

Cansado e exausto consegui pagar e lá me fui embora. Esta saga lembrou-me uma brilhante mixórdia de temáticas:


O filme que recomendo nesta edição é um filme Sul Coreano que vi no feriado, Memories of Murder (2003). Um policial, salpicado com drama, comédia e suspense. Um filme cheio,  que prende até ao seu final: