terça-feira, 6 de maio de 2014

2048 D.C.

Atenção! Surgiu nos últimos tempos um vírus, que a organização mundial de saúde já colocou em observação. Com nome de código 2048, este vírus mascarou-se de jogo e está a alastrar-se rapidamente a todos os telemóveis e tablets. Principais sintomas: olhos vermelhos, irritação em geral, pontas dos dedos assadas, elevado vício, e em casos mais severos insónia. Para quem não conhece:


Francisco George, o diretor geral de saúde


 e ator de filmes como 

considera que se não forem tomadas as medidas adequadas, a humanidade acabará destruída. O vício será tão grande que tudo acabará por parar. O apocalipse chegou! O vício neste momento já é tão grande que crianças foram esquecidas pelos pais, reuniões foram desmarcadas, bolos ficaram queimados, novelas não foram vistas. No fundo, estamos entregues aos desígnios do caos.

Dos sintomas mencionados, o mais crítico tem sido a assadura das pontas dos dedos, o halibut já está esgotado em algumas farmácias. Nesta fase o vírus está a sofrer uma mutação, desenvolvendo um novo sintoma naqueles que não atingem o almejado número 2048, a depressão.

A Glassdrive por estes dias também não tem tido mãos a medir, o desgaste no vidro de tablets e telemóveis tem sido tal que há vários relatos de ecrans partidos. 

Falando a sério, este jogo é um vício, mas daqui a uma semana aparece um candy crash qualquer e este jogo fica na gaveta.

É simples, é fácil e qualquer um pode jogar. E por estas razões é tão viciante. Não é preciso pensar muito e o objetivo está bem definido à partida: fazer o máximo pontos possível, juntando quadrados iguais.

Quando olhei pela primeira vez, pensei que fosse para craques da matemática, mas na verdade até a minha avó podia jogar, e o Parkinson, que a atormenta noutras situações, aqui seria uma grande ajuda, os dedos deslizariam com uma velocidade incontrolável e seria sempre a somar pontos.

PS: Já consegui chegar a 4096 pontos...
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Como é habitual, não podia terminar sem recomendar uma película. Hoje, a sugestão vem diretamente do Irão (de onde é natural Iran Costa), e segue com o nome de Jodaeiye Nader az Simin, ou em português a Separação. Confesso que quando vi a proveniência deste filme fiquei céptico, sinceramente nunca tinha visto um filme iraniano. Todavia, fiquei bastante agradado com o que vi. Consegue aferir-se com facilidade a importância da religião naquelas paragens, e  como esta condiciona muitas das decisões que se tomam no quotidiano.