domingo, 25 de março de 2012

Notícia de última hora: Mudança de Hora

Boa tarde a todos os leitores, caso não saibam ficam a saber que a hora mudou na passada noite, passando a vigorar o horário de verão. Ou seja, houve um adiantamento de uma hora. Cá está, mais uma vez Os Binóculos de Lúcifer a fazer serviço público.

Este é o dia, em que mesmo que uma pessoa se tenha atrasado por outro motivo, para algum compromisso, tem sempre a desculpa da mudança de hora. Sendo assim é o caos em Portugal! Se os portugueses são atrasados por natureza ( atrasados não no sentido de retardados, não sejam maliciosos),  imaginem neste dia em que têm desculpa para o ser... Por alguma razão esta alteração se faz ao Domingo

 Para ler o que se segue sugiro que ouçam a seguinte música: 


Tenho uma confissão a fazer, espero não chocar ninguém, não sei se estão preparados para ler o que se segue, compreendo que depois disto não queiram ver mais este blogue. É bastante triste viver com um problema assim, os vizinhos e colegas de trabalho olham-me de lado, sinto que não pertenço à sociedade. Contudo quero soltar e partilhar convosco este meu problema, aqui vai: eu sou português e cumpro horários, já está! Estou aliviado, um peso saiu-me de cima. Há pessoas que me miram de soslaio, devido a este meu problema, mas tenho reais dificuldades em chegar atrasado. Já tentei de tudo, desde não marcar nada na agenda até andar com o relógio atrasado. Todavia, no outro dia fiquei todo contente quando consegui chegar 5 minutos atrasado a uma reunião. Entro na sala quando de repente alguém diz: 

- Pedro, olhe que a reunião sobre a poda das flores, só começa às 16H00. 
- Mas são 16H05 - digo eu confuso.
- Foi marcada às 16H00, para dar tempo a que toda a gente chegue, não sabe que existem sempre os 30 minutos de tolerância? Marcamos meia hora antes, por causa dos atrasos. Ainda estamos a acabar a reunião sobre o afogamento do ganso, por isso vá tomar um cafezinho que isto ainda vai demorar.

Falando a sério ( ou seja desligam a música), acho que a sociedade portuguesa devia reflectir sobre esta temática, não percebo, não entendo, nem acho lógico, o porquê de não se cumprirem horários. Queixamo-nos dos políticos, quando não cumprem o que prometem, quando nós nem um simples agendamento conseguimos cumprir. Sei que pode parecer uma temática banal, no entanto considero que isto pode ser reflexo de uma sociedade pouco rigorosa e pouco exigente, em que vivemos sobre a máxima do "deixa andar". Pode ser que este momento tumultuoso, que o país vive sirva para nos tornar mais exigentes com os outros e principalmente connosco próprios.

A música que apresentei à bocado é a banda sonora de um filme que recomendo vivamente, Magnolia. Um filme intenso, dramático, de convergência de sentimentos, que não me deixou indiferente. Julianne Moore e Tom Cruise são os grandes cabeças de cartaz, na altura em que eram um casalinho. Fiquem com o trailer:




sábado, 24 de março de 2012

Empreendedorismo Bacoco - Parte I

Decidi iniciar hoje, aqui no nosso grandioso blog, uma nova iniciativa. Assim, este será o primeiro post da saga “Empreendedorismo bacoco”.

Numa altura em que o empreendedorismo parece que é o tema da moda em Portugal e que somos um país cheio de empreendedores, não faltam discussões acerca de novas ideias, novos negócios, novas iniciativas. Todavia, muitas dessas ideias, negócios ou iniciativas esbarram na capacidade de investimento dos portugueses, já que parece que todos temos excelentes ideias, mas estamos no país errado para as aplicar. Ok, isto é o que, sendo-se politicamente correcto, se poderia dizer. Mas eu acho que o “problema” vai mais além que isso.

Parece que estamos num país completamente obcecado pelo empreendedorismo, em que se uma pessoa não tem vontade de ser empreendedor (sim, não é preciso fazê-lo, mas tem que dizer que tem vontade), é logo malvista. Eu não acho que esta obsessão seja negativa, antes pelo contrário, apenas acho que se está a sobrevalorizar algo que deveria partir de cada um. Não somos empreendedores só porque concordamos com o que os senhores que vão ao prós e contras dizem, com o que o Miguel Gonçalves (acho que todos conhecem, se não, Google) diz, ou com o que outros que, nestes últimos tempos têm tido mais notoriedade, dizem. Faz bem pensar nisso, mas não precisamos ser obcecados…

Tendo em conta esta pequena introdução, a ideia subjacente à saga “Empreendedorismo bacoco” é apresentar novas ideias que, apesar de parecerem estúpidas à primeira vista, podem, perfeitamente, ter sucesso.

Parte I – Feeling Bottle

Bem… o que vos trago hoje é uma ideia simples e facilmente aplicável no nosso país e que poderá transformar-vos no Boss que sempre desejaram.

Recentemente descobri que existe um livro em branco que se tornou best-seller (não sei se em Portugal, ou se em todo o Mundo), já que, apesar não ter nada para ler, apela ao espirito consumista, seja pelo facto de os consumidores verem nele algum significado, por acharem que é uma ideia tão genial que merece ser suportada, ou por pensarem que o livro é escrito com alguma tinta especial e, desta forma, compram vários exemplares para testarem esse facto.
O livro em branco não está directamente relacionado com a ideia de negócio que vos vou propor, mas se um livro branco é suficiente para se tornar num excelente negócio, porque é que qualquer ideia não o pode ser?

A ideia que vos proponho é muito simples e assenta na ideia de vender garrafas com sentimentos, em que nós, enquanto empresa e, numa primeira fase, principais produtores, utilizaríamos garrafas vazias e procederíamos ao seu enchimento com sentimentos.

Vocês perguntam: Como é que se enche uma garrafa com sentimentos? Bem, o simples facto de a garrafa ser fechada com um sentimento de alegria faz com que a mesma passe, automaticamente, a ser uma garrafa com alegria.

Este é o negócio ideal por várias razões:
- Quando estamos suficientemente alegres, não nos custaria fechar garrafas, pelo que não seria uma tarefa tão desinteressante como aparenta;
- As pessoas que estão num momento menos bom, poderão abrir uma garrafa de alegria e, desta forma, melhorar a situação em que se encontram.

Claro que no caso de sentimentos menos positivos, como a raiva, seriam mais difíceis de incluir nas garrafas, porque não estou a ver ninguém a ter calma e paciência suficiente para estar a engarrafar garrafas de raiva. Isso elevaria o preço, e dada a reduzida procura que se prevê (ou não), esta gama de garrafas seria realizada sob a forma de encomendas.

Resumindo, algumas vantagens que poderiam ser apresentadas aos consumidores por terem várias garrafas com sentimentos em casa:
- Ajustar o estado de espírito às situações que nos encontramos;
- O sentimento incluído na garrafa não tem prazo de validade, pelo que pode ser utilizado até se esgotar;
- Produto para coleccionador (Ex. “Tenho aqui alegria de 1993 e alegria de 2010, são mesmo diferentes”, ou “pah… ainda tenho uma amostra de alegria em casa”).

sábado, 17 de março de 2012

Carne Mortífera

http://expresso.sapo.pt/carne-vermelha-e-mais-letal-do-que-se-pensava=f711418


Durante esta semana, enquanto deambulava pelos sites noticiosos, deparei-me com esta notícia e adorei o titulo. O meu imaginário luciferiano começou logo a funcionar. " Carne vermelha é mais letal que se pensava" poderia ser o descritivo de uma notícia sobre uma arma de destruição em massa, mas não! É apenas uma notícia sobre bifes e salsichas e as substâncias cancerígenas que estes alimentos parecem conter

Sinceramente, pensei que se tinha descoberto uma solução atómica, para tal como no caso do Urânio, enriquecer costeletas de porco e começar a fabricar umas bombas atómicas ou umas bombas calóricas. Ou então, que investigadores estavam a criar chouriças-granada, onde o cordão que acompanha estes tipo de fumados funcionaria como cavilha, que quando retirada do enchido este explodiria uns segundos depois (seria uma explosão de gordura). Esta chouriça-granada poderia ser um óptimo artefacto para estragar um casamento. Já viram alguém utilizar isto no meio de uma igreja cheia de gente com bonitas fatiotas, e de repente explodir uma granada de gordura, imaginem como ficaria o vestido branquinho da noiva...isto amigos é destruição em massa. 

Quando leio notícias fico deprimido, parece que tudo o que é bom tem de fazer mal. Não podiam haver chocolates que fizessem emagrecer, ou carne vermelha que cortasse com o colesterol? Prefiro viver na ignorância que saber que o meu bife, no longo prazo me pode levar à cova.


Com um post com um titulo destes, só um filme, ou melhor só uma saga, poderia ser aqui lembrada, "Arma Mortífera". Eu ainda era um petiz de um anito, quando o primeiro filme com Mel Gibson e Danny Glover, os inseparáveis Martin Riggs e Roger Murtaugh, se estreou nas telas. A simbiose entre as duas personagens é quase perfeita, e por isto eu considero esta a melhor dupla de polícias de sempre do cinema. Um belo filme de acção, com suspense e comédia à mistura, belos ingredientes para um bom serão de Domingo. A saga contou com mais três sequelas sempre com o mesmo estilo e ritmo alucinantes. Fiquem com o trailer do primeiro filme:



sexta-feira, 16 de março de 2012

Universo Simétrico

Pessoal… estou de volta para vos escrever um fantástico artigo!

Estive a analisar o número de visitas que o Blog tem vindo a receber nos últimos meses e reparei que as coisas não estão muito positivas. “É a crise” – diz o Pedro. “É o Pedro” – digo eu. (vá, é melhor não abusar… que ele é o único que tem pegado nisto nos últimos tempos).

Hoje trago-vos um tema completamente diferente e que só serve para mostrar o quão ecléctico é o Blog, bem como a genialidade que está presente nos seus dois fundadores. Assim, e porque vocês são os melhores leitores e seguidores do Mundo, decidi partilhar com vocês uma das minhas teorias, talvez a mais brilhante, e que poderia perfeitamente estar em discussão para a atribuição de um prémio Nobel.

Em primeiro lugar aviso-vos que é normal não conseguirem atingir todos os elementos que sustentam a teoria, dado que, devido à complexidade que a mesma comporta, se torna praticamente impossível compreender, na totalidade, todas as suas variáveis.

Se eu chegasse perto de vocês e dissesse que existe uma pessoa igual a vocês, o que pensariam? Um sósia? Um gémeo separado à nascença?
Errado.

E para conseguirem responder a esta questão, vão ter que ler o que vem a seguir:

Então… a minha teoria sustenta-se no pequeno pressuposto de que o Universo é simétrico, nada de estranho.

Ora, partindo deste simples pressuposto, pode ser desenvolvida uma interessante e criativa teoria. Para tal, basta pensar que, se o universo é simétrico, existe do lado oposto à localização da terra um planeta exactamente igual ao nosso. Ora, se o Universo foi criado de uma só vez e, consequentemente, as duas terras tiveram origem no mesmo momento, pensando um pouco, conclui-se que o processo de desenvolvimento das duas terras, tendo em conta que o ambiente era exactamente igual, foi o mesmo. Assim, também se conclui facilmente que existem, na Terra 2, humanos como nós. Mais! Que esses humanos são idênticos a nós, e já que tudo se processou da mesma forma nos dois lados do universo, têm exactamente as mesmas atitudes e pensamentos que nós.

Desta forma, conclui-se que existe uma pessoa igualzinha a vocês que está, neste preciso momento, a pensar que está a ler a maior barbaridade de sempre neste Blog (e num exactamente igual com o mesmo nome).

A teoria vai ainda mais longe e no âmbito dos testes entretanto desenvolvidos, descobri que já existem janelas que ligam os dois mundos, objectos que usamos no nosso quotidiano e que chamamos de “espelhos”. Assim, a pessoa que vocês pensam ver reflectida no espelho é apenas alguém que vive num mundo simétrico e que, tal como vocês, pensa estar a ser reflectido naquele objecto.

Por fim, chamo a atenção a todos para que não tentem chegar, nunca, ao outro lado do Universo, caso contrário, e porque o ser igual a vocês pensaria da mesma forma, ocorreria um choque antes de se conseguir qualquer resultado.

E pronto, aí está a grande teoria!

É provável que isto não passe de uma ideia estúpida, irreal e impossível, que não passe de uma alucinação e que não tem por onde se lhe pegue… mas desde que vi ontem o Sporting a eliminar o Manchester City, passo a acreditar em tudo!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Free Hugs

Olá amigos, companheiros, compinchas, comparsas, colegas! Mais uma vez trago um artigo verdadeiramente espectacular na algibeira para partilhar convosco! Se no fim não ficarem satisfeitos devolveremos o vosso tempo em beijinhos e abraços.

Isto dos beijinhos e abraços lembra-me aquelas campanhas que estão na moda dos Free Hugs (abraços grátis). Estas campanhas em Portugal são um sucesso, pois os portugueses adoram tudo o que é gratuito. Contudo eu levanto aqui uma questão de saúde pública, quem regula a qualidade dos abraços? Nomeadamente no que concerne ao nível de aperto, e ao número de palmadinhas nas costas. Acho que a ASAE deveria inspeccionar os "abraçadores", num aspecto essencial, o nível de desodorizante nas axilas. Porque isto é muito lindo, mas uma pessoa se for abraçada por um cavalo ainda se pode sentir mal. 

Será que podemos rejeitar uma abraço grátis?"Desculpe eu sei que é grátis, mas já tenho um em casa." ou então " Eu não quero abraços seus, você dá três palmadinhas nas costas enquanto eu só uso abraços com duas". E será que podemos devolver abraços grátis: " Desculpe o seu abraço veio com defeito", e de seguida devolvia o abraço abraçando a pessoa que lho tinha dado.

Se calhar é melhor esquecer os abraços, e ficar pelos adeusinhos grátis! Inúmeras vantagens: 
  1. Não há contacto físico, logo o problema das axilas fedorentas é eliminado.
  2. Problemas de asfixia relacionados com excesso de aperto são eliminados
  3. O adeuzinho tem longo alcance enquanto o abraço, tem de ser aplicado a curta distância
  4. Um adeuzinho pode ser efectuado para várias pessoas ao mesmo tempo, enquanto só podemos abraçar uma ou duas pessoas de cada vez

Agora a sério, acho piada a esta campanha visto que às vezes esquecemo-nos que somos apenas uns seres que partilham este mundo, e que devemos ser felizes e afáveis uns com os outros. 

PS: Se realmente não ficaram satisfeitos, falem com o Sérgio Veloso, a secção de reclamações é com ele.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Taxi driver

Depois de um descanso merecido, para aproveitar a "ponte" de Carnaval, Lúcifer volta à carga! Desta vez com uma história dos diabos, sobre um taxista maluco. Vou tentar relatar o episódio o mais fidedignamente possível. 

No passado fim-de-semana tive necessidade de apanhar um táxi, para vir para casa e aleatoriamente escolhi um, numa praceta da baixa lisbonense. A pinta do taxista, mal entrei no veículo assustou-me , pois nunca tinha visto um condutor de carros, com luvas de motos! Um  daqueles pares de luvas de cabedal, mas sem  dedos. Pensei logo, "eh lá, queres ver que temos aqui um Loeb ou um Schumacher." Sentei-me no banco da frente, no lugar do morto, pois vinha com mais três amigos, que ficaram no banco traseiro. Iniciámos a viagem, e como sou uma pessoa extremamente sociável comecei a chatar* com o taxista. Entretanto a  conversa resvala para acidentes, o taxista: " enfaixei-me todo, no carro da frente na semana passada, eu as vezes até voo com este menino, e depois já não travo a tempo. O meu chefe coitado, lá entrou com mil eurecos. Não me despediu! É bom moço. Ele sabe que sou maluco, mas sou trabalhador. Há clientes que se queixam, mas pelo menos têm viagens inesquecíveis e chegam sempre rápido ao destino". Eu logo, todo borradinho: " Mas nós não temos pressa amanhã é Domingo". E ele: "Estou sempre a dar uns toques nos carros, só ando com lesmas, ninguém sabe conduzir." Eu aí tive de concordar com ele, acho que foi solidariedade de aselha, contudo eu tenho a noção que quem provoca o caos na estrada sou eu." Pois pois, isto é uma selva, parece que deram a carta a um bando de babuínos. Eu só tive um acidente mais grave, atropelei um pinheiro, ficou todo descascado, e o meu Opel ficou que parecia um Smart."O homem lá se riu e entusiasmado foi acelerando, acompanhado a evolução das rotações do motor, com um barulho bocal parecido com um assobio, como se fosse a dar gás. Eu e os restantes passageiros, não sabíamos se nos devíamos rir ou se devíamos rezar. Eu no lugar do morto olhava para as pernas, como se fosse a última vez que as veria. Gotículas de suor emanavam do alto da minha testa, o meu olhar baço nada via senão memórias de toda uma vida a passar num flashback. Eureka! Tive uma ideia brilhante, que ao mesmo tempo, fez com que o taxista mudasse de conversa assim como abrandasse o veículo. Introduzi o tema dos clubes nocturnos dizendo:" então parece que todos as casas da noite têm nomes de animais. É o elefante branco, é o cisne azul, é  hipopótamo "( fiz questão de nomear alguns que conhecia com a esperança de ele conhecer algum.) E ele abrandando, olhou para mim e disse: "o hipopótamo é só pub! " Joguei tudo naquela altura, fiando-me que o taxista sendo homem da noite, era também um cliente. E puxei por ele, de maneira a que ele se concentrasse na conversa, deixasse de falar de acidentes e andasse mais devagar, o que realmente aconteceu. Esta ideia foi muito proveitosa porque o homem ainda me indicou uns spots de diversão nocturna além de me ter oferecido um cupão com uma bebida num ( pronto esta última já foi inventada). Finalmente chegámos ao nosso destino são e salvos, ainda paguei com as pernas bambas do medo.


*Chatar - Palavra sinónima de conversar, que será introduzida no dicionário da língua portuguesa em 2015, conjuntamente com as palavras laicar e tuitar. OBDL sempre à frente do seu tempo!


Não podia de terminar este post, sem fazer a referência ao melhor filme de taxistas, o "Taxi Driver" de 1976, pois claro. Um filme brilhante, com uma excelente performance de Robert De Niro , o taxista maluco traumatizado da guerra do vietname e Jodie Foster, na altura em que ainda era uma bonequinha de porcelana.  Quem não se lembra da célebre tirada: " You talkin' to me? You talkin' to me? You talkin' to me? Then who the hell else are you talking... you talking to me? Well I'm the only one here. Who the fuck do you think you're talking to? Oh yeah? OK." Um excelente filme do Sr. Scorcese, cujo o trailer vos deixo: