sábado, 29 de fevereiro de 2020

Post de Pescada n°5 Veganismo do sétimo dia.

O mundo hoje em dia parece um hospital, metade do mundo doente e a outra metade à espera de ficar. Antigamente, dizia-se que os Estados Unidos espirravam e a Europa constipava-se. Nestes últimos meses, e até parece um sinal dos tempos, a China espirrou e a Europa (e não só) constipou-se. Não tendo mais, este blogue irá oferecer nas linhas seguintes um post de pescada acompanhado de vegetais, um prato típico de um estado enfermo. 

E por falar em vegetais (esta variação de jogo foi ao nível do Rui Costa), tenho reflectido um pouco sobre quem os consome, os seus hábitos e a representatividade que têm vindo a ganhar na sociedade.

O Veganismo não é uma seita (ou seitan, desculpem) mas por vezes parece. Basta observar a crescente conversão de omnívoros consumidores de carne e de um pouco de tudo, em autênticos veganos comedores de verduras e pouco mais. 

Se aquele ditado, somos o que comemos, fosse verdadeiro não ficaria admirado se qualquer dia começassem a andar por aí incríveis Hulks (ou Blankas para os fãs de Street Fighter) (*) em barda. Preconceituasamente, imagino que os vegans não ressonam nem dormem, mas que antes emitem sons de grilo enquanto vegetam. 

Quando era miúdo apenas ouvia falar vegetarianos, hoje em dia praticamente sou ouço falar de veganos... Mantendo as comparações com a religião, um vegano, além de ser um nome mais fancy, é um fanático religioso perante um vegetariano e no meu imaginário capaz de fazer um ataque bombista numa fábrica de salsichas (não, não se diz xalchichas).

Ando a ler uma autobiografia do Gandhi que, apesar de vegetariano de acordo com a sua religião, enquanto jovem prevaricou algumas vezes, consumindo carne às escondidas. Um pouco como os putos que começam a experimentar uns charros atrás do pavilhão. Imagino um mundo paralelo em que a carne é proibida e o seu consumo é realizado em clandestinidade e através de tráfico: Oh Fanã, consegues orientar aí uma vitela estufada para Sábado? Vamos enrolar uma morcela e comê-la atrás do pavilhão?

Admito que comer menos carne tem benefícios para o ambiente e para a sustentabilidade do planeta, no entanto acho que os veganos, vegetarianos e essa malta não me conseguem convencer a comer os seus pratos, muito pelos nomes que dão aos próprios pratos. Se os pratos vegetarianos fossem bons, não precisavam de ter nomes adaptados de pratos convencionais. Estamos a falar de exemplos tais como: tofu à bolonhesa , soja à Gomes de Sá ou chanfana de beringela. A sensação que fica é que são imitações baratas e que não há esforço para inovar. Faço o seguinte apelo: Vegans criem os vossos próprios pratos, deixem a chanfana em paz. 

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(*) - Estive para falar do Green Lantern (lanterna verde), mas como quase ninguém conhece fiquei-me pelo óbvio. Algo engraçado é que (e peço desculpa se ferir o sentimento de algum geek) o Green Lantern parece, aplicando uma metáfora futebolística, o lanterna vermelha dos super-heróis, pelo menos no cinema foi. 

Apesar do relativo insucesso, nem tudo foi mau, pelo menos para o Ryan Reynolds. Perdeu-se um mau Green Lantern mas ganhou-se um óptimo Deadpool. Julgo que precisa de poucas apresentações este super-herói gozão que traja de vermelho e usa duas espadas de samurai. No entanto para quem não viu, fica a sugestão de visionamento dos dois primeiros Deadpuis (obviamente o plural de de Deadpool) enquanto não chega o terceiro. Eis o trailer: 




domingo, 9 de fevereiro de 2020

Oscars 2020

Esta noite realiza-se mais uma edição dos Oscars e mais uma vez este blog dá uso à bola de cristal de Lúcifer para adivinhar os vencedores.

Concordando com alguns críticos e analistas de cinema que consideram que esta cerimónia está cada vez mais previsível, uma vez que os vencedores deverão ser, na sua maioria, os mesmos que arrecadaram os prémios BAFTA e Grammy Awards, não deixa de ser o culminar da época de prémios e uma festa com um glamour sem paralelo. 

No entanto, até para promoção do próprio entretenimento, seria de louvar que houvesse alguma incerteza quanto aos principais vencedores. E não estou a falar de uma troca de envelopes ao cair do pano como no Moonlight vs. Lala Land. Apesar de 1917 ser apontado como o principal vencedor da noite pelos críticos, seria surpreendentemente agradável que uns parasitas da Ásia (Parasites) fizessem uma surpresa. Eis as nossas apostas:


Ainda ligámos ao Professor Chibanga para nos ajudar com nossas apostas, mas ele estava a comer uma cachupa e mandou-nos passear.


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Post de Pescada n°4 Coronavirus

Que vírus viral este a que chamam Corona, inicialmente não o temi pois é homónimo de um jogador do Porto que não me parece violento. Ficaria amedrontado caso se chamasse Pepevirus ou Paulinhossantosvirus. Assim e neste caso, longe da vista, longe do pulmão e a preocupação por estas bandas ainda não se sente. No entanto, o pandemónio que esta pandemia tem provocado tem sido enorme noutras bandas. Tudo se faz para controlar a propagação, desde os avisos para lavar as mãos até ao isolamento de algumas áreas. 

Há quem diga que este vírus foi orquestrado pela indústria das máscaras, esgotadas em muitas farmácias até em Portugal. O poder da indústria mascarilha é tão forte que há um programa na SIC que se chama Máscara. Daniel Oliveira (o que faz chorar) terá feito um pacto com o Diabo ( que neste casos muitos dizem ser Jim Carrey) para obter benefícios em termos de audiências. Não será de estranhar que Cristina Ferreira comece a usar máscara nos programas da manhã, apesar de tudo, algo positivo para as cristaleiras das pessoas lá em casa. 

Segundos as entidades competentes, o contágio para o ser o humano terá partido do consumo humano de um morcego, um pitéu para os chineses. A única dúvida reside no tipo de confecção, havendo um grande debate entre a comunidade científica se terá sido um morcego à bolhão pato, cabidela de morcego (1) ou morcego à Xangai com ovo a cavalo. 

(1) - cabidela de morcego segundo receita da minha avó não precisava de adição de sangue, bastava que o morcego estivesse bem alimentado, que o próprio sangue do bicho serviria para a sua confecção. 

No entanto, existe luz ao fundo do túnel. Aparentemente, um inglês terá seguido uma receita caseira para combater o vírus, o que se revelou eficaz: whiskey quente + mel. Obviamente, tal receita estaria nas farmácias colocada na prateleira das pomadas. 

https://www.irishpost.com/news/uk-teacher-claims-cured-coronavirus-drinking-hot-whiskey-honey-178823

Entretanto a procura de whiskey por parte dos chineses disparou em contraste com as vendas da cerveja mexicana Corona. Cientistas portugueses, após esta notícia, já estão a trabalhar numa receita para um genérico (mais barato), tendo como inspiração as Sopas de Cavalo Cansado (2).

(2) - Traduzido do Inglês - Soup of Tired Horse 

Antes do fecho desta edição, a agência Lúcifer tentou contactar Bruce Wayne, mas o seu secretário Alfred diz que o Homem-Morcego não presta declarações pois não está autorizado pelos médicos a tirar a sua máscara... 

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1917, o filme que tem como título um ano e que, na minha opinião, vai ser mesmo o filme do ano, pelo menos dentro do âmbito da próxima edição dos Oscars.

Trata-se de uma obra de Sam Mendes, um realizador com ascendência portuguesa, e que inclui aspectos técnicos verdadeiramente notáveis. Nomeadamente, a sensação de continuidade imprimida em todas as cenas, fazendo parecer que a rodagem do filme ocorreu num único take. Outro aspecto interessante é a relação da câmara com os protagonistas, a espaços com momentos que me fizeram lembrar a visão first person shooter (terminologia de videojogo).

Apesar de simples e a espaços um pouco previsível, a história é um hino à coragem nas trincheiras da primeira guerra mundial, o que só por si é bastante inspirador, exponenciada ainda pelo brilhante desempenho dos actores que encarnam as personagens principais, George Mackay e Dean-Charles Chapman, bem como a banda sonora e outros efeitos sonoros. Eis o trailer:





PS: Que descanse em paz Kirk Douglas. Nascido no ano anterior a 1917, partiu na noite passada, após 90 filmes e 70 anos de carreira.