domingo, 25 de novembro de 2012

México com problemas de identidade



Há algum tempo, o Sérgio Veloso, esse animal social, escreveu um artigo, para este blogue, sobre os nomes dos países. E parece que o presidente do México, fan incondicional de "Os Binóculos de Lúcifer", leu esse mesmo artigo, e decidiu mudar o nome do seu país para... Direi mais abaixo, vamos manter o suspense.  

É verdade... Felipe Caldéron está a pensar mudar o nome do país do Kin Kin Fonseca e do Speedy Gonzales. De resto este facto foi noticiado, como poderão observar no link abaixo apresentado. No entanto, se repararem no título da notícia "Felipe Calderón quer mudar o nome oficial do México", poderão esperar que venha aí mais uma extravagância americana, a la Hugo Chavez. Confesso que estava à espera de algo diferente do que li. Pensei que o país ficasse com o nome de algo característico do país, como por exemplo a Tequila. Já imaginaram, o México mudar o nome para Tequila, e a sua capital para Tequila City? Com um nome destes, esta cidade teria tudo para ser o maior destino nocturno do mundo! 

http://noticias.sapo.pt/internacional/artigo/felipe-calderon-quer-mudar-o-nom_5300.html

Se leram a notícia, presente no site do sapo, já sabem qual é o novo nome que o presidente mexicano quer dar ao seu país. O novo nome do México será.....rufos de tambores....México. É isso... querem mudar o nome de México para México, acham que estou maluco? Não, basicamente o nome oficial do México, é Estados Unidos Mexicanos, todavia quase ninguém utiliza este nome. Trata-se apenas do nome oficial, um plágio dos seus vizinhos do norte. Por isso, o presidente Calderon, a bem da identidade nacional, quer mudar o nome de Estados Unidos Mexicanos, para simplesmente México. 


Para terminar este artigo, e como não tem parado de chover, recomendo um clássico do cinema americano, "Serenata à Chuva", ou como é mundialmente conhecido, "Singing in the rain". Um filme bastante light, ideal para uma tarde cinzenta como a de hoje. Fiquem com uma das minhas cenas favoritas:




domingo, 18 de novembro de 2012

Quem ler isto terá mil anos de fortuna

Amigos, é verdade trata-se de um post de boa sorte. Quem ler as palavras que se seguirão a este parágrafo, terá mil anos de fortuna.  

No outro dia, estava a visitar o Castelo de São Jorge, quando reparei que havia lá um poço seco, cheio de moedas. Acho, que deduzi e bem, que se tratava de um comum poço de desejos. E comecei a matutar, com a mente Luciferiana que Deus me deu, e questionei-me, porquê é que as pessoas atiram moedas para um poço? Qual é a lógica? Será que acham mesmo que desejos se vão realizar? De onde vem esta prática?

Segundo o que li na Wikipedia, os poços dos desejos, advém de lendas europeias, que relacionavam os poços com desígnios sagrados. Um poço era considerado uma bênção do divino. E as pessoas acreditavam que atirando moedas ao poço, o guardião das águas iria contemplar os seus desejos.

Que os antigos acreditassem nessas coisas, eu aceito, pois a ciência ainda pouco tinha provado. Hoje em dia é só estúpido acreditar nestas lendas e paganismos. 

Por isso, resolvi enumerar uma série de tradições estúpidas relacionadas com a "boa sorte":

  1. Poço dos desejos – Além de ter nome de filme pornográfico, estamos em crise, guarde o seu dinheiro e não o desperdice em palermices. Ou então se gostar de manifestações ali para os lados de São Bento, guarde as moedas para as atirar lá, em vez de atirar calhaus, sempre se poupa na calçada e cria-se um pé-de-meia para pagar os caixotes de lixo queimados.    
  2. Aranha é dinheiro – há quem acredite que quando aparece uma aranha, passado uns tempos também aparecerá dinheiro. Meus amigos, desenganem-se! Se não matarem a aranha, as únicas coisas que vão aparecer serão teias.
  3. A Pestana – Quando uma pestana cai do olho e fica nas suas imediações, há quem faça o jogo do "cima ou baixo". Se o dono da pestana ganhar, o desejo que formulou irá realizar-se. Se realmente, isto fosse verdade, a raça humana já não teria pestanas, pareceria-mos todos uns recém-nascidos. Todas as mulheres seriam belas e graciosas, (não é que não sejam, cada uma à sua maneira) e já não haveria homens na terra.
  4. Pisar fezes acidentalmente - Diz-se que pisar fezes de animal acidentalmente traz boa sorte. Não consigo compreender a correlação. Se isto fosse verdade, os homens mais ricos do mundo, e com as mulheres mais espampanantes seriam os trabalhadores de ordenhas ou estrebarias. Pois o número de vacas por metro quadrado costuma ser superior nesses locais, que em qualquer outro sítio, aumentando a probabilidade de acidentalmente se pisar um grande "presente". Aqui confesso que realizei uma extrapolação grosseira, admitindo que o excremento de vaca, dada a sua consistência, volume e textura, incorpora um índice de boa sorte superior ao excremento de cão ou de outros animais domésticos, que usualmente brindam as ruas com os seus dejectos. 
  5. Trincar a vela do seu aniversário - Porquê? Mas porquê? A cera é um bocado indigesta e provoca trânsito intestinal. Porquê um amargo de boca? Porquê é que a tradição não é dar uma trinca numa rapariga ou rapaz na sala à nossa escolha? Afinal é dia de aniversário! 
  6. Pata de coelho - Dizem que a pata de coelho é um bom amuleto da sorte. Talvez? Mas sorte para quem? Para o coelho não é de certeza. Já imaginaram as coelheiras de coelhos que fornecem patas da sorte? É só coelhos manetas.... Quer dizer patetas, pois o que lhes falta é a pata. 
  7. Ferradura de Cavalo -  Bem sobre esta, encontrei informação detalhada aqui http://www.equisport.pt/pt/artigos/arte/porque-e-que-as-ferraduras-dao-sorte. Mas convenhamos andar com ferraduras de cavalo para dar sorte, não me parece muito higiénico. O que são ferraduras? São sapatos de cavalo. Se o cheiro a cavalo é péssimo imaginem o chulé de cavalo...
Se reparem enumerei sete. Sete o número da sorte! Ou então não me lembrei de mais...

Aproveito para recomendar a visita ao Castelo de São Jorge, se estiverem pela capital, pois tem uma vista fantástica sobre Lisboa.

Por fim, o título deste post é verídico, mas só começa a ter efeitos daqui a cem anos. 

domingo, 4 de novembro de 2012

Era umas "Ilhas Salomão" com bastante "Chile" para a mesa 5!


Olá a todos,

Em primeiro lugar, queria pedir desculpa por não termos postado nada relativo ao Halloween. A culpa, como é óbvio, foi do Pedro, que em vez de se dedicar à escrita, decidiu passar o dia a ver os campeonatos regionais de ginástica artística.

Sendo assim, e porque este blog é um espaço cultural e, diria até, educacional, hoje trago-vos um tema relacionado com Geografia.

Muitos de vocês certamente não sabem, mas muitos dos países que vos ensinaram na escola, na verdade, não existem. Em primeiro lugar, basta olhar para o próprio nome… Pegando num exemplo, acham mesmo que existe um país com o nome Quirguistão? Claro que não. Onde é que fica isto? “Ah… fica ali perto do Tajiquistão e Usbequistão”(mais dois nomes claramente inventados). Não, não fica. Se vocês forem para o sítio onde pensam ser este país e perguntarem se é ali o Quirguistão, provavelmente vão-vos responder “Ah…não, é mais acima” e mais acima vão responder “Faça inversão de marcha, é mais abaixo”. Estes países simplesmente não existem.

Agora que sabem que estes países com nomes estranhos não existem, vou passar a explicar a forma como foram inventados estes nomes estúpidos.

Peru – Uma noite de copos, vários amigos na conversa decidiram criar um nome estupido para um país. Como tinham comido frango de churrasco, decidiram criar o mito que existia um país chamado “Frango”. Entretanto, após alguma discussão entre este nome e outros como “Galinha”, “Avestruz” e “Perú”, lá se decidiram pelo último, já que era o que dava mais credibilidade à coisa. Como estavam numa de inventar, decidiram que a capital também devia ter um nome estúpido e como estavam a meio de umas caipirinhas, ficou “Lima”. Como veem, não é preciso grande coisa para inventar um país. Peru poderia chamar-se perfeitamente “Frango” e a sua capital podia ser “Limão”, se em vez de caipirinhas, estivessem a beber tequilas. Os ingleses fizeram o mesmo e inventaram o “Turkey”, mas disseram que ficava noutro sítio (para não dar nas vistas, em Portugal chama-se a este país Turquia em vez de Peru).

Nicarágua – Um rapaz chamado Nuno Inácio (Ni, para os amigos), também num jantar com amigos, em vez da bela receita, decidiu pedir água! Para eternizar este momento, os amigos decidiram criar um país chamado “Ni quer água”. Com o tempo, passou a ser Nicarágua.

Camarões – Acho que este nem é preciso dizer nada. Camarões, caranguejo, lagostim, enfim… Faz algum sentido?

Butão – Mais uma tentativa de gozo… Ainda por cima conseguiram inventar um país com um erro ortográfico!

Cuba – Este país foi criado para justificar ausências prolongadas por parte dos maridos alcoólicos. Como passavam tanto tempo no bar, passaram a dizer que estiveram em “Cuba” (do vinho).

Chile – Mais um país baseado na alimentação. Era para ser Chili, mas como foi o Jorge Jesus a inventar, ficou Chile.

Haiti – “Hai ti que saias daqui Joaquim Manel”

Andorra – “Andorra daqui pra fora”

Antígua e Barbuda – uma forma pouco simpática de chamar aquelas senhoras com uma certa idade e com um bocadinho de buço

My name is Cifer, Lu Cifer


Há muito tempo que não reservava um post, para escrever sobre cinema, mas aproveitando o novo filme do 007: Skyfall resolvi quebrar este jejum.

Como em qualquer tipo de arte, as pessoas que consomem cinema não reagem da mesma forma àquilo que lhes é apresentado. A mesma película pode fazer chorar uma pessoa e pôr outra a sorrir. Eu, catalogo um filme de bom, quando este não me deixa indiferente. E não me deixar indiferente, por norma resulta da capacidade do filme me fazer ficar alegre, me fazer lacrimejar (embora nunca me tenha acontecido, talvez no Rei Leão ou no Bambi) ou me fazer pensar.

Sobre a última jornada do agente secreto mais conhecido do mundo, aconteceu algo curioso: ouvi e li muitas criticas completamente díspares. Uns diziam que era um aborrecimento, porque não tinha muita acção (quer em termos de tiros e explosões, quer em termos de bond girls). Outros apregoavam que o filme era genial, com um Bond mais sensível, menos maquinal, mais humano, menos perfeito, fornecendo ao espectador outro tipo de sensações que um filme deste género normalmente não transmite.

 Isto teve o efeito de fazer acordar em mim, a curiosidade de ver o filme e eu próprio ter a minha opinião. Sendo assim, aproveitei a aguaceira tarde de ontem, para ir ao cinema mais próximo.

Globalmente, a minha apreciação do filme é muito positiva. Evidentemente, que um filme do 007 dificilmente entrará para o topo das minhas preferências, pois valorizo muito o argumento de um filme e os 007 são como mascar pastilha elástica, a história é sempre a mesma, o sabor é que vai variando um pouco. No entanto, e como filme de entretenimento este último capítulo cumpre bem os requisitos:  cenas de acção espectaculares, bond girls sensuais e atrevidas e vilões carismáticos. Na categoria dos vilões tenho mesmo de destacar o tremendo papel de Javier Bardem, que faz uma personagem de um renegado com personalidade retorcida e que não deixa ninguém indiferente. Daniel Craig, que muitos consideram ser um 007 da loja dos trezentos, para mim encarna bem o papel, conseguindo deixar o seu cunho na personagem, onde se pretendia mostrar um Bond imperfeito e não implacável como de costume.

Este 007 contem alguma carga dramática que teve como consequência a queda do número  normal de cenas de acção de um filme de James Bond.  O rol de sensações não é linear, pois levamos com acção, cenas cómicas e fragmentos dramáticos durante todo filme o que na minha opinião é enriquecedor. Depois, Sam Mendes consegue imagens brilhantes, como as cenas decorridas na cidade de Xangai, onde o jogo de cores empregue é simplesmente fantástico.

Uma nota para a excelente música de Adele que preludia o filme, ombreando com as grandes vozes que costumam abrir os filmes do agente secreto ao serviço de sua majestade. 

Compreendo no entanto que os verdadeiros fans do género se sintam frustrados, pois o filme não é a bomba de acção que um 007 costuma ser. É mais parado, mais pausado, mais sensível, mais lamechas, menos espectacular.  

Gostos são gostos, todavia eu gostei. Para terem a vossa própria opinião, têm de ver o filme, por isso fiquem com o trailer: