Há muito tempo que não reservava
um post, para escrever sobre cinema, mas aproveitando o novo filme do 007:
Skyfall resolvi quebrar este jejum.
Como em qualquer tipo de arte, as
pessoas que consomem cinema não reagem da mesma forma àquilo que lhes é
apresentado. A mesma película pode fazer chorar uma pessoa e pôr outra a sorrir. Eu, catalogo um filme de bom, quando este não me deixa indiferente. E não me deixar
indiferente, por norma resulta da capacidade do filme me fazer ficar alegre, me
fazer lacrimejar (embora nunca me tenha acontecido, talvez no Rei Leão ou no Bambi)
ou me fazer pensar.
Sobre a última jornada do agente
secreto mais conhecido do mundo, aconteceu algo curioso: ouvi e li muitas criticas completamente díspares. Uns diziam que era um aborrecimento, porque não tinha
muita acção (quer em termos de tiros e explosões, quer em termos de bond
girls). Outros apregoavam que o filme era genial, com um Bond mais sensível,
menos maquinal, mais humano, menos perfeito, fornecendo ao espectador outro
tipo de sensações que um filme deste género normalmente não transmite.
Isto teve o efeito de fazer acordar em mim, a curiosidade
de ver o filme e eu próprio ter a minha opinião. Sendo assim, aproveitei a
aguaceira tarde de ontem, para ir ao cinema mais próximo.
Globalmente, a minha apreciação
do filme é muito positiva. Evidentemente, que um filme do 007 dificilmente
entrará para o topo das minhas preferências, pois valorizo muito o argumento de
um filme e os 007 são como mascar pastilha elástica, a história é
sempre a mesma, o sabor é que vai variando um pouco. No entanto, e como filme
de entretenimento este último capítulo cumpre bem os requisitos: cenas de acção
espectaculares, bond girls sensuais e atrevidas e vilões carismáticos. Na categoria dos vilões tenho mesmo de
destacar o tremendo papel de Javier Bardem, que faz uma personagem de um
renegado com personalidade retorcida e que não deixa ninguém indiferente. Daniel
Craig, que muitos consideram ser um 007 da loja dos trezentos, para mim encarna
bem o papel, conseguindo deixar o seu cunho na personagem, onde se pretendia mostrar um Bond imperfeito e não implacável como de costume.
Este 007 contem alguma carga dramática
que teve como consequência a queda do número normal de cenas de acção de um filme de James
Bond. O rol de sensações não é
linear, pois levamos com acção, cenas cómicas e fragmentos dramáticos durante
todo filme o que na minha opinião é enriquecedor. Depois, Sam Mendes consegue
imagens brilhantes, como as cenas decorridas na cidade de Xangai, onde o jogo
de cores empregue é simplesmente fantástico.
Uma nota para a excelente música de Adele que preludia o filme, ombreando com as grandes vozes que costumam abrir os filmes do agente secreto ao serviço de sua majestade.
Uma nota para a excelente música de Adele que preludia o filme, ombreando com as grandes vozes que costumam abrir os filmes do agente secreto ao serviço de sua majestade.
Compreendo no entanto que os
verdadeiros fans do género se sintam frustrados, pois o filme não é a bomba de acção
que um 007 costuma ser. É mais parado, mais pausado, mais sensível, mais
lamechas, menos espectacular.
Gostos são gostos, todavia eu
gostei. Para terem a vossa própria opinião, têm de ver o filme, por isso
fiquem com o trailer:
Sem comentários:
Enviar um comentário