sábado, 9 de novembro de 2019

A soprano que pariu um alien...

Ao contrário do que muitos pensam, Lúcifer é um anjo. Um anjo caído é certo, mas mesmo assim um anjo. O que é um aborrecimento porque os anjos não têm sexo.... Bom... Mas um anjo caído também só lá ia com os comprimidos do futre... O que estou para aqui a dizer? ... É simplesmente porcaria.


Por falar em anjos, gostaria de vos falar das sonoridades angelicais que as sopranos (cantoras líricas, não mulheres da máfia) são capazes de produzir à custa de caretas ridículas. Fazem maravilhas com a garganta (isto agora soou mal), mas com o esgar de alguém que vai parir um extraterrestre pela boca. 


Mantendo a atenção na música clássica, outra coisa que acho extraordinária é a especialização de alguns músicos nas grandes orquestras, nomeadamente, aqueles que estão um concerto inteiro à espera para tocar determinado instrumento. Se fosse eu a ter de tocar o gongo ou os pratos no momento chave, sentiria a pressão igual à de alguém que está a desarmar uma bomba nos últimos segundos antes da detonação. Suaria que nem uma vara de porcos no pino do verão na Almareleja, e provavelmente os pratos iriam-me escorregar das mãos.


Noutra vertente algo que sempre me fascinou foi o maestro, sinto sempre que está lá apenas para o show-of. Não faz mais nada do que abanar uma varinha (sei que é batuta...) (*) .Algo que tornaria o seu papel mais interessante seria aliar a magia a esta profissão. Poderiam perfeitamente aproveitar a varinha para fazer truques de ilusionismo, fazendo aparecer coelhos a sair de trompetes ou pombas a serem cuspidas a partir de clarinetes, enquanto serravam uma soprano a fazer bocas de parir aliens ao meio.

Por fim, não sei se alguma vez pensaram nisto, os vizinhos destes músicos devem sofrer imenso com os ensaios. Algo justo seria uma vez por ano, juntar todos os vizinhos e fazer um concerto, em que a plateia seria composta pelos músicos das orquestras que arreliam o descanso e a paz destes mesmos vizinhos. Este concerto obviamente seria orientada pelo Zé Cabra e seria uma harmoniosa sessão de pregos e desafinação. Neighbors in the Night seria o nome deste concerto que poderia reverter para instituições ligadas a pessoas com deficiência auditiva.

(*) Um aparte, cheguei a ter um professor de música que usava como batuta um mata-moscas e volta e meia lá havia chacina... 

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Como há pouco tempo foi dia das bruxas, Halloween se tiver menos de 30 anos, a sugestão que deixo é a de um filme de terror/suspense/mistério/oquequiserem, refiro-me a Goodnight Mommy. Trata-se de uma obra austríaca, cuja narrativa envolve dois irmãos gémeos que têm de lidar com uma operação plástica da mãe, uma conhecida jornalista que parece, além de mudado de feições, ter mudado o seu temperamento. Adicionalmente, vivem numa floresta recôndita, longe da civilização, longe do mundo. Estes são os ingredientes para um filme que mantém o suspense e o enigma até ao fim. É pôr sal ou açúcar nas unhas (tal como nas pipocas) e roer do início ao fim. Eis o trailer: