domingo, 31 de julho de 2011

Em Playback é que é bom!

Eu não sou do tempo de Carlos Paião, contudo não é preciso ser dessa altura para conhecer este grande êxito, Playback. Foi a música que Portugal levou ao Festival da Eurovisão em 1991. Com uma letra simples e engraçada, esta canção era uma sátira à música portuguesa, quando na altura apareceram os primeiros artistas que recorriam ao Playback. Infelizmente Paião viria a falecer, num brutal acidente de automóvel em 1988. Apesar de duro de ouvido, Lúcifer também reconhece o seu talento e considera uma pena para a música portuguesa, que um artista com tanta qualidade tenha partido tão novo. Ainda bem que há Youtube que nos dá a oportunidade de recordar o Carlos e outros artistas que partiram cedo demais, sempre que quisermos.


Lembrei-me deste sucesso de Carlos Paião, pois ao fazer Zapping depáro-me com a Ágata a fazer Playback, num programa da TVI. É algo muito comum em Portugal, quase todos os artistas o fazem, mas será que deviam? É correcto para as pessoas que estão a assistir? A culpa não sei de quem é, até pode ser que sejam limitações técnicas em alguns casos, a não permitir uma actuação na integra. Em alguns programas da nossa praça, onde há apenas um ou dois artistas a actuar por programa, seria bem mais bonito e verdadeiro recorrer a uma actuação sem recurso ao Playback. Eu compreendo que os artistas tenham que aparecer, para se promover, mas este tipo de promoção pode ser em alguns casos bastante enganosa e o espectador não poderá diferenciar os bons dos maus. Na minha opinião a culpa é nossa! Se fossemos mais exigentes, televisão e artistas tinham mais respeito para quem actuam. Quando Leonor Poeiras ( que está tão magra, que o seu pijama só tem uma risca) anunciou que Ágata iria cantar, deveria ter dito, Ágata vai dançar ao som da sua música e mexer a boca. Caímos no ridículo de pseudocelebridades lançarem discos e aparecerem na TV, a fazer Playback das canções artificiais que foram fabricadas num estúdio qualquer. Falo por exemplo de Castelo Branco e outros ex-concorrentes de reality-shows. 
Enfim, Graças a Deus ou a Lúcifer que existe Youtube, assim podemos relembrar os verdadeiros artistas.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Gremlins e as horas de comer

Vivia eu a minha pré-adolescência, quando me cruzei pela primeira vez com este filme, Gremlins. Nessa altura vi mais uma ou outra vez a película, mas já não me recordava ao certo de todos os pormenores. Hoje, e porque ando a fazer colecção de filmes, tentando hierarquizá-los de acordo com as minhas preferências, resolvi revê-lo.

Já pouco me lembrava da história, contudo recordava-me perfeitamente de uma coisa. Havia três regras que se tinham de respeitar, para que os Gremlins não causassem problemas:

1. Não expô-los a luzes fortes
2. Não os molhar com água
3. Não os alimentar depois da meia-noite.

Para quem não é desse tempo, ou simplesmente nunca viu nenhum dos dois filmes da série, os Gremlins eram  um género de macaquinhos adoráveis. Não resistiam a luzes fortes. Se os molhassem multiplicavam-se. Mas o pior era quando os alimentavam depois da meia-noite. Se estes macaquinhos adoráveis comessem depois da hora estipulada ficavam perversos, transformando-se em horríveis monstros. Para vos relembrar apresento o trailer para quem o quiser visionar.


Como com a idade vamos ficando picuinhas, há uma das regras dos Gremlins que me causa confusão. Que é a que diz respeito, ao facto de eles não se poderem alimentar depois da meia-noite. É uma regra que está incompleta e sendo assim pode criar bastantes dúvidas. Em primeiro lugar, é nos dito que estes animaizinhos não se podem alimentar depois da meia-noite, mas não nos é dito quando termina o período de jejum. Não sabemos a partir de que horas podemos voltar a alimentar os bichos. A partir das 6h da manhã? A partir das 11? Ao meio-dia tecnicamente é depois da meia-noite, ainda não lhe podemos dar comida? Pois é um problema sem resposta. 

Outra questão relativamente a este aspecto, diz respeito à localização do Gremlin. A história passa-se nos Estados Unidos, os Gremlins tem o seu relógio certo por esse local. Mas e se viajarem? Por exemplo, se eu tiver um Gremlin e o trouxer para Portugal. A até que horas o posso alimentar? Até à meia noite local ou até à meia noite dos USA? É porque quando é meia-noite nos USA, em Portugal são pelo menos 5h da manhã. 

O último problema relacionado com este tópico diz respeito à mudança de horário. Como sabem para cada período do ano existe um horário. O horário de Verão e o horário de Inverno. Será que os Gremlins acertam automaticamente a sua hora limite de alimentação? Ou tem um horário fixo? De Inverno podem alimentar-se até a meia-noite, mas no verão podem alimentar-se até à uma da manhã?  

O meu objectivo com esta brincadeira foi por a nu o problema da importância da completude das regras. No nosso dia-a-dia, quando as leis ou as regras não são claras, muitos problemas podem aparecer e podemos ser tramados por um Gremlin qualquer.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Lúcifer também gosta de Futebol

Como Lúcifer também gosta de futebol, eis que os seus binóculos captaram uma notícia relacionada com o jogador de futebol Neymar. Para quem não conhece, mostra-mos um vídeo:




E aqui está a noticia:

Vendo o vídeo acima apresentado podemos afirmar que Neymar possui um enorme talento e que é normal que os grandes clubes europeus o cobicem. Agora que venham os responsáveis do Santos dizer que 45 Milhões é pouco, quando comparado com o que 0 Real pagou por Coentrão é absurdo. Neste momento Fábio Coentrão é um jogador perfeitamente adaptado ao futebol europeu, versátil, joga em vária posições e com provas dadas tanto no clube como na selecção, ou seja é um jogador no fim do processo de fabrico, é um produto final. Neymar é ainda matéria-prima a precisar de muito trabalho, para se tornar um jogador à europeia. 

Para quem viu a Copa América isto que aqui foi dito é óbvio. Neymar não foi um jogador decisivo para o Brasil e teve performances muito apagadas. 

Contudo, não me surpreendem estas declarações do Presidente do Santos, pois este anteriormente, já tinha afirmado que Neymar era melhor que Cristiano Ronaldo. E eu digo, Neymar é melhor que Cristiano só se for a sambar, ou a fazer penteados. 

Lúcifer tem uma coisa a dizer ao Presidente do Santos (ele que lê este Blogue): Neymar neste momento é um brinca na areia, só sabe fazer castelos, que o Fábio Coentrão destruiria num abrir e fechar de olhos. 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Amigo

Amigo - deriva do latim amicus; amigo, que possivelmente se derivou de amore; amar, ainda que se diga também que a palavra provém do grego (in wikipedia).  Curiosa palavra cuja a sua utilização, para efeitos de adjectivação pode assumir diversos sentidos, consoante a expressão em que é utilizada, devido à riqueza da língua portuguesa. Tendo o que foi dito em consideração resolvi analisar algumas expressões correntes, que contenham a palavra amigo:

Amigo do amigo - Amigo do amigo é na minha opinião, uma expressão utilizada na maior parte das vezes, num contexto onde não faz qualquer sentido. Isto, porque costuma-se dizer, por exemplo, quando uma pessoa falece: " ah era tão amigo do seu amigo". Mas se uma pessoa não é amiga dos seus amigos, é amiga de quem? Que diacho! Ou que Diabo não estivéssemos nós no antro de Lúcifer. "Ai e tal era tão amigo do seu inimigo!" isto ninguém ouve, mas era tão mais bonito, podia ser que o mundo fosse mais pacífico.  Sinceramente incomoda-me  o abuso desta expressão, pois é geralmente utilizada por pessoas que não conhecem bem quem estão a qualificar. Por isso recorrem a um bordão fácil, que fica sempre bem, mesmo que não conheçam minimamente a pessoa. A língua portuguesa é rica em adjectivos qualificadores, diversificar nas palavras é a melhor maneira de descrever alguém, sendo assim se queremos realçar as virtudes de um conhecido devemos evitar a expressão " Amigo do amigo".

Amigo da Onça -  Amigo da Onça, normalmente é uma expressão utilizada para referir alguém com mau carácter. Nos dias que correm, eu não queria ser amigo de uma onça, mas amigo de muitas onças..... de ouro. A crise destaca sempre este material, com comportamento estável nos mercados. 
Esta expressão nasceu no Brasil, não fosse a onça um felino comum, em territórios americanos, e remonta a 1943, quando um cartoonista de seu nome Péricles de Andrade Maranhão, numa revista chamada Cruzeiro, lançou a seguinte anedota: 
Dois caçadores conversam em seu acampamento:

 - O que você faria se estivesse agora na selva e uma onça aparecesse na sua frente?
 - Ora, dava um tiro nela.
 - Mas se você não tivesse nenhuma arma de fogo?
 - Bom, então eu matava ela com meu facão.
 - E se você estivesse sem o facão?
 - Apanhava um pedaço de pau.
 - E se não tivesse nenhum pedaço de pau?
 - Subiria na árvore mais próxima!
 - E se não tivesse nenhuma árvore?
 - Sairia correndo.
 - E se você estivesse paralisado pelo medo?
Então, o outro, já irritado, retruca:
 - Mas, afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?

Podemos ver aqui uma exemplar de um cartoon, que achei engraçado:


Amigo do Alheio - No contexto popular e ainda mais nesta crise que, no nosso país está instalada e bem instalada, amigo do alheio ( ou ladrão) é utilizada muitas vezes, para qualificar, a classe política, que nos últimos anos governou Portugal.

Querem roubar o trabalho do Diabo?

Hoje trago-vos um assunto que tem assombrado todos os portugueses e os jovens em particular, o desemprego.
Ontem vi em vários “murais” no facebook, referência a um artigo escrito no jornal de negócios que se intitulava: “Saiba quais os cursos superiores com mais e menos emprego”. Ao mesmo tempo, via que várias pessoas se regozijavam, ora porque afinal o desemprego não está tão mal como os economistas (aqueles senhores feios e maus que só vêem dizer coisas tristes à televisão) dizem, ora porque no total de licenciados no seu curso, apenas 1 ou 2% estão desempregados.
Bem… depois de ver algumas reacções à notícia, e quase todas bastante positivas, pensei que afinal estava um bocado a leste do que se passava no nosso país. Afinal não há desemprego? Afinal não há cursos que não servem para nada? Afinal não há vagas a mais para alguns cursos? Afinal onde é que andei este tempo todo? Aparentemente Portugal é um óptimo país para os recém-licenciados.
Não me deixei levar por este optimismo e decidi ver pelos meus próprios olhos o que afinal se estava a passar em Portugal e com os licenciados portugueses.
Nem tive tempo de ler a introdução da notícia, dado que o meu grande entusiasmo e curiosidade me obrigaram a passar imediatamente para os números. “Ora… economia na FEP, como é que isso anda…4.3%. Não tá mau, mas…”. Depois olhei para as restantes instituições e reparei que existem 8 com uma taxa de desemprego abaixo dos 5% e que a percentagem de desemprego para a que tinha um pior desempenho não era assim tão alto. Além disso, reparei que se fosse estudar para a pacata zona alentejana ao invés da apaixonante vida nortenha, certamente tinha um futuro mais risonho à minha frente. Desta forma, a minha desconfiança parecia ter desaparecido, já que se apresentavam números bastante razoáveis à minha frente e aqueles que no facebook comemoravam a situação de desemprego do nosso país, aparentemente, tinham razão.
Será que havia um erro com o meu curso? Será que era só economia que não estava assim tão mal? Será que as grandes empresas estão no Alentejo? Decidi ver o resto dos números…
Depois de dar uma olhadela na generalidade dos cursos, percebi que economia até era um curso com um dos piores desempenhos em termos de empregabilidade, percebendo desde logo que o “estudo” era afinal demasiado optimista.
Decidi então procurar a fonte de informação para a redacção deste artigo.
Os dados tratados pelo Negócios foram retirados do estudo “A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior – 2010” do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI). Neste estudo são publicados os números de diplomados por cursos (públicos e privados) nos anos 2006/07, 2007/08 e 2008/09.
Ah! Isto não é recente, é baseado num estudo lançado em 2010 com dados referentes aos anos anteriores, nomeadamente aos licenciados de 2006/2007 até 2008/2009, ou seja, pessoas que entraram na universidade no inicio deste século e que saíram numa altura em que o nosso país não estava nesta profunda crise.
Posteriormente, decidi dar uma vista de olhos no tal estudo que considera como desempregados apenas aqueles que estão “inscritos nos centros de emprego: Instituto do Emprego e Formação Profissional, I. P. (IEFP/MSST) que, através do Sistema de Gestão e Informação da Área de Emprego (SIGAE), regista as inscrições dos candidatos a emprego”, ou seja, uma pessoa que trabalhe numa área que nada tenha a ver com a sua formação, nada interfere no estudo e contribui para a elevada taxa de empregabilidade do curso. Eu tanto posso estar a trabalhar na Mckinsey como no Pingo Doce, que contribuo da mesma forma para o estudo.
Pior que todos estes factos, é a introdução do artigo, que apenas tive paciência para ler depois, que nos diz:
Até dia 17 de Agosto, milhares de estudantes vão decidir o seu futuro profissional, preenchendo a candidatura ao Ensino Superior. O leque de escolhas é alargado, estando disponíveis 54.068 vagas de licenciatura, distribuídas por um total de 1.181 cursos. Saiba quais os cursos com melhores condições de empregabilidade e aqueles que apresentam níveis mais elevados de desemprego.
Está aqui um trabalho dos Diabos, que nem o próprio Lúcifer conseguiria fazer com tanta qualidade. O artigo tem como objectivo aconselhar os jovens portugueses acerca do seu futuro, ou seja, os jovens portugueses devem ter em conta o que se passou há 4 anos atrás e não diferenciando o tipo de emprego, se é na área ou não. Além disso, escreveram a frase referindo-se ao presente, quando os dados dizem respeito ao passado, ainda por cima os dados que são…
Certamente que daqui a 5 anos ainda veremos crianças a optar por Informática na Portucalense ou Direito da Lusófona, ou mesmo centenas de alunos a continuarem a escolher Enfermagem, já que aparentemente parecem excelentes escolhas. Não sei se o Pingo Doce terá assim tantas vagas, mas se tiver, dêem graças a Lúcifer! (ou a quem anda a fazer o trabalho dele).
Não se enganem! A luta pelo emprego é tão grande que até o trabalho do Diabo querem roubar!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Amy, fazer bolos é uma coisa que não te assiste!

Amy Winehouse morreu no passado dia 23 de Julho, com 27 anos, os mesmos que tinha Brian Jones, Jimi Hendrix, Jim Morrison ou Kurt Cobain, o que fez com que esta passasse a pertencer ao “clube dos 27”, um clube onde se englobam os grandes artistas musicais que faleceram com essa idade, uma curiosidade que parece ter algo mais que uma simples coincidência.
Não querendo explorar em particular a morte da Amy, até porque reconheço a sua grande qualidade musical e respeito o seu passado como cantora, vou explorar a qualidade do jornalismo português.
A imagem seguinte passou num telejornal da Sic Notícias, em que após se confirmar a morte da cantora, se escreveu o seguinte:

Sendo este blog os binóculos de Lúcifer, esta pequena frase poderia perfeitamente ter sido escrita por ele, num claro gozo ao que se sucedeu. Mas não, foi feita (em princípio) por um jornalista português que, ou é apenas burro, ou decidiu publicar uma piada fácil para todos os portugueses. O conselho de Lúcifer para este caso é que cada um tem o seu lugar e que jamais um jornalista poderá ou deverá fazer o trabalho destinado ao próprio Belzebu. Já agora, Lúcifer poderia ainda ter lançado a piada que a casa estava cheia de seringas porque ela era diabética, uma piada que nunca lhe ficaria mal, mas que a um jornalista…
Neste pequeno exemplo, notou-se a notória a falta de qualidade que tem assombrado o jornalismo português.
Certo dia, estava eu a ver o telejornal, quando o jornalista me informa que um determinado vídeo português estava a fazer furor por todo o mundo através da internet, seguindo-se de imediato o habitual intervalo para aguçar ainda mais o meu interesse por tamanha façanha de um português. Quando, após impaciente espera, me mostraram o tal vídeo, fiquei com um sentimento semelhante ao que sinto quando olho para um chinelo. Tá-se bem, é um vídeo, é uma queda, é português, mas tem tanta piada como os 1000000000 vídeos semelhantes que estão no youtube. Além disso, o próprio vídeo não tem assim tantas visualizações que façam dele um sucesso internacional, como foi sugerido no telejornal da SIC, nem justifica a corrente que se criou à sua volta.
Apesar de existir muito mais por onde pegar, decidi pegar nestes dois pequenos, mas elucidativos e recentes, exemplos para descrever a qualidade do jornalismo português.

Para finalizar, este texto, que Lúcifer me encarregou de escrever, apenas serve para demonstrar o seu desagrado em relação ao jornalismo português, ora porque tenta fazer uma espécie de concorrência com o próprio Belzebu, ora porque é tão mau, que pode tornar-se pior que a própria besta!


domingo, 24 de julho de 2011

D'artagnan e as três mosqueteiras

D'artagnan o herói do romance de Alexandre Dumas, proveniente da Gasconha, França, era conhecido pelas suas façanhas enquanto extraordinário espadachim. Também era conhecido por ser inseparável de um grupo de mosqueteiros.

Nos dias de hoje, a França tem um novo D'artagnan, de seu nome Dominique Strauss-Kahn (DSK). Bem isto tendo em conta o paradigma deste blogue, em que os heróis podem ser os vilões e vice-versa dependendo do que Lúcifer quiser.

Existem evidentes semelhanças entre o ex-presidente do FMI e o herói criado por Alexandre Dumas. Primeiro são ambos franceses. Em segundo lugar, tiveram ambos problemas com a lei. Enquanto D artaganan tinha sempre três mosqueteiros perto de si, DSK tinha sempre três prostitutas. Por fim ambos foram tramados por uma mulher, D'artagnan por Milady e DSK por uma guineana sem nome.

Agora largando o mundo da fantasia literária, DSK confessou à sua esposa que era impossível ter violado a jovem empregada de Hotel. Visto que já no fim dessa semana tinha praticado sexo brutal (sem palavrinhas pelo meio) com mais três mulheres. Ou seja, DSK não teria segundo o próprio bateria, para uma quarta. DSK ainda justificou a mulher necessitar de sexo alheio visto que precisara de aliviar a pressão a que tinha estado sujeito nesses dias. O mulher reagiu da seguinte forma: " Strauss Strauss seu maroto! Continuas o mesmo incorrigível caçador de rabos de saia".

Caso seja mesmo culpado dos actos que cometeu acho que Dominique Strauss-Kahn deve ser punido exemplarmente.

Se este escândalo não tivesse acontecido, Lúcifer com os seus binóculos que também adivinham o futuro, tinha visto que DSK seria o próximo presidente francês. E que, conjuntamente com Silvio Berlusconi fariam ambos cimeiras com mais de 50 prostitutas, em prol das relações Franco-Italianas. 

Esteves, há horas do Diabo!

Eu sou o Sérgio e infelizmente, ao contrário do meu colega Pedro, o meu nome não faz parte dos grandes nomes bíblicos, o que me deixa com algum complexo de inferioridade. Depois de uma extensiva pesquisa ao longo de toda a bíblia, encontrei finalmente o meu nome. Sérgio Paulo é, provavelmente, uma das personagens menos importantes na bíblia, sendo, ainda assim, caracterizada com um elogio: “o procônsul Sérgio Paulo, homem inteligente” (Act 13,6-7a), o que me deixa mais satisfeito e pronto para vos falar de uma situação que se passou com um determinado Sr. que vou chamar de “Esteves”.

Tal como o Pedro, o Esteves tinha uma entrevista marcada para uma empresa bastante conhecida. Como Esteves não gostava de grandes formalidades, tinha optado por uma indumentária sempre informal em todas as entrevistas que tinha ido, mas dado que esta empresa o agradava em particular, procurou vestir o fato que havia comprado 2 anos antes e que nunca havia utilizado.
Na noite anterior, Esteves perguntava-se se o referido fato ainda lhe servia, dado que a elegância que antes o caracterizava, há muito que havia fugido (vá, mais ou menos). Para evitar problemas de maior no dia seguinte, decidiu experimentar o fato no dia anterior, percebendo que as calças ficavam apertadas (tipo calças de Lycra), mas ainda assim, achou que a fatiota estava consentânea com a ocasião.
Ao chegar ao local da entrevista, encontrou uma rapariga que também tinha entrevista e, de forma a libertar a tensão que se observava naquele corredor, iniciou uma conversa. A conversa foi de tal forma espontânea que o Esteves perdeu qualquer tipo de nervosismo, libertou-se, tendo os seus níveis de confiança atingido o topo.
Depois de um pequeno teste, iniciou-se a primeira entrevista.
Após as habituais apresentações, o Esteves, que estava a frequentar o mestrado em Finanças, informou que gostaria de trabalhar em marketing (WTF?!), isto depois de a senhora que lhe havia ligado uns dias anteriores para marcar a entrevista o informar que a oferta de emprego era para o departamento financeiro (Bela tirada, Esteves!!). Não se sabe ao certo porque é que Esteves falou em marketing, mas depois de dizer que achava o trabalho na área de finanças algo monótono, a resposta de uma das entrevistadoras foi clara: “então a entrevista acaba por aqui”. “Já me lixei” – pensou o Esteves, mas ainda assim continuou a tentar dar a volta à questão, e a entrevista lá continuou.
Passou-se de seguida para a entrevista seguinte, com outras duas pessoas, em que a primeira pergunta foi: “então como correu a entrevista anterior?”, ao que Esteves respondeu: “mais ou menos, disse que gostava mais de marketing do que de finanças” (ONDE É QUE O ESTEVES ESTAVA COM A CABEÇA? JÁ NÃO BASTAVA TER COMETIDO O ERRO NA PRIMEIRA ENTREVISTA, AINDA REPETIU O MESMO NA SEGUINTE?!). Esteves tentou rapidamente mudar de assunto, mas a confiança(?) que o atingira mal chegou ao edifício ainda estava presente, pelo que o à-vontade era tanto que passou a entrevista toda a rir-se, ao ponto de uma das senhoras que o estava a entrevistar perguntar porque é que ele tanto se ria.
Para finalizar em beleza, pediram ao Esteves que dissesse, num minuto, porque é que havia de ser escolhido para o emprego, ao que ele em 20 segundos disse os habituais adjectivos e caracteristicas que todos dizem, finalizando com a seguinte frase “E EU NÃO SOU UM BICHO”. Ok, esta frase deixou todos perplexos e Esteves mostrou que tem a capacidade de piorar as coisas que já estavam mais que complicadas. Depois de explicar a sua ideia de bicho, lá abandonou a sala, cheio de confiança que tudo tinha corrido da melhor forma, ainda que com alguns percalços.
Trouxe-vos esta história porque é óbvio o dedo de Lúcifer nas nossas vidas e em particular na vida do pobre Esteves, já que na entrevista em que este mais se empenhou, o nosso pequeno (grande) Belzebu tratou do resto, fazendo com que tudo corresse ainda pior do que o esperado.
É caso para dizer:
Esteves, há horas do diabo!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Colchão Voador

É um avião? Não! É um pássaro? Não! É o Super-Colchão!!!

Esta história passou-se há muitos anos atrás num apartamento distante, muito distante.

Vivia eu do outro lado da cidade, num apartamento partilhado com pessoal das faculdades, até que num belo dia um colchão voou, quase literalmente.

Há pouco tempo, o apartamento situado algures na Invicta tinha recebido um novo hóspede. O antigo tinha saído em circunstâncias pouco claras, mas podemos extrapolar algumas razões, se eu vos disser que ele era natural de Chelas.
O colchão que ficara abandonado no centro do quarto, já desbotado, era o habitat de famílias de pulgas, que saltavam alegremente. O novo inclino ao depara-se com a situação deportou o colchão para a varanda da casa, substituindo o velho colchão por um novo insuflável. Colchão esse que teve um triste final, pois teve um encontro imediato de terceiro grau com uma ponta de cigarro acesa. As pontas de cigarros são o flagelo da irmandade do colchão insuflável, todos os anos morrem dezenas de colchões devido a falta de cuidado dos deitados. Faço um apelo a todos os fumadores para respeitarem o colchão insuflável, eles têm direito a ter uma vida cheia!!!

Voltando ao colchão pulguento situado na varanda. Este permaneceu lá esquecido durante duas estações do ano, onde a chuva e o granizo estiveram bem presentes. Com o intuito de remover o colchão da varanda e fazer-lhe o devido funeral contactámos o senhorio da casa: Então Sr. Manel, que fazemos com o colchão da varanda?Ao que ele responde: "Atirem-no lá para baixo!"

Ficamos em choque! Pois vivíamos num sétimo andar! Nós que tínhamos medo de sacudir a toalha da cozinha, na varanda, com receio que alguma migalha fosse parar à janela dos vizinhos. Íamos agora lançar um colchão do sétimo andar, sujeito a que este com uma rabanada de vento entrasse por uma sala de jantar? A ideia que parecia estapafúrdia ao princípio da tarde, após um jantar regado com bastantes minis pareceu fantástica. Éramos 4 os habitantes da casa, fizemos um plano e começámos a pô-lo em prática. Duas equipas: dois elementos responsáveis pelo lançamento do colchão, e os outros dois na zona de aterragem do mesmo, esperando que este não caísse na cabeça de nenhum peão. Isto passou-se às duas da manhã, hora em que dificilmente haveria peões na rua. Após o recurso ao músculo os dois elementos lá conseguiram erguer o colchão e lançá-lo em direcção ao abismo. uuuuuuuuuuuuuuuuu POW! Um estrondo enorme, ecoou no momento da queda do colchão. O Molaflex teve uma aterragem perfeita, felizmente não atingindo ninguém, nem  tão pouco invadiu uma sala de jantar de um vizinho. Nesse preciso instante estava o camião do lixo a chegar à nossa rua. Chamámos os homens do entulho que nos ajudaram a fazer o funeral do dito colchão. Eu pronunciei uma pequena oração, na altura em que me despedi do colchão: " Tu que ajudaste a descansar muitos descansa agora tu em paz, e que as tuas molas encontrem o reino dos céus"

Se na altura tivéssemos capital teríamos investido num negócio de sucesso. Seria para ser vendido nos pacotes de " A vida é bela" e seria um desporto bem radical, que consistiria em: amarrar uma pessoa a um colchão e atirá-la do sétimo andar. Resultado: adrenalina máxima, pois qual é o desporto radical onde há 50% de chances de sobreviver? Se o colchão caísse voltado para baixo a pessoa morreria, voltado para cima viveria, isto se o colchão não estivesse viciado ( os da ideia casa tem aspecto de ser viciados ).

sábado, 16 de julho de 2011

Pedro

O meu nome é Pedro e esta é a minha primeira contribuição para Lúcifer. Curioso chamar-me Pedro, homónimo do edificador da igreja. Segundo a Bíblia ( não confundir com o Livro Finanças, do professor Elísio Brandão), Jesus uma vez disse a Pedro, na altura em que ainda se chamava Simão: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim Meu Pai que está nos céus. Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei Minha Igreja, e as portas do Hades nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus. E o que desligares na terra será desligado nos céus”. E onde está a curiosidade? É que Lúcifer, para quem trabalho neste momento, é um anjo renegado, do reino dos céus. Que se viria a tornar o símbolo da origem de todo o mal e pecado. Concluindo tenho o nome, daquele que tinha as chaves do sítio de onde Lúcifer terá escapado.

As minhas contribuições para Lúcifer, não são mais que a minha visão distorcida da realidade, que me envolve. Não com maldade, mas com muita malícia relatarei alguns episódios que considerarei pitorescos e bacocos.

Quarta-Feira 13 de Julho de 2011 – Acordei eu na manhã frenética, e desde logo iniciei o processo de aperaltamento, o normal no dia de uma entrevista importante. Era uma entrevista decisiva, iria saber se uma empresa de nomeada, me iria contratar ou não. Nem tinha dormido direito, mas após um bom banho estava pronto para enfrentar o dia. Acabei de dançar com o fato, compondo a gravata, com um nó pouco simétrico, mas que tinha sido o melhor de 235 tentativas. Saio de casa, bebo um café no Vermoinho, e apanho o 205 para Campanhã. A entrevista era em Lisboa e eu ia de Intercidades. Olho para o placar electrónico e confirmo que o comboio, com chegada às 13H57, na estação do Oriente, partiria da linha 8. Encaminhei-me para o cais de embarque, sem antes comprar um jornaleco para me entreter na viagem. E aqui é que começo a ver a minha vida andar para trás. Vejo uma cambada de fedelhos, com t-shirts e pulseiras de um conhecido festival de Verão, que iria ocorrer perto Lisboa. Eram autênticas tartarugas, com as casas às costas. Sacos-de-camas, Campings Gaz, colchões, mochilas e tudo o que conseguiam levar.
 Pus as mãos à cabeça, pois apercebi-me que iria de ter de partilhar o meu comboio com Hippies. Sento-me pacientemente ao lado de uns jovens, nos bancos metálicos, à espera e a desesperar.
 Estou eu a ler, uma notícia sobre a Moody s e não é que um cheiro característico me invade as narinas. Era um “canhão”, que estava a ser fumado e partilhado pelos jovens que estavam contíguos a mim. Por momentos, achei que aquele cheiro estava relacionado com a notícia que estava a ler, porque as agências só pedradas é que podiam ter feito o que fizeram. Fiquei em pânico! Vou agora para entrevista, a cheirar a Ganza??? Estou tramado! Pensava eu, já com os olhos vermelhos. FINALMENTE: Bate a hora, no relógio da estação, 10H57 e o comboio chega. Mais ou menos ordeiramente, todos entrámos, eu e os Hippies. Numa luta energética, por espaço cada um ia enfiando as suas mochilas nas parteleiras, ou aconchegando-as entre as pernas. Eu por acaso, tive a sorte de ficar ao lado de uma rapariga que não tinha bagagem. Era morena, com toque latino, olhos escuros e cabelo negro. Não era feia. Pensei eu com os meus botões, “ até tive sorte, não estou ao pé dos hippies e ainda me saiu uma gata”. UHUH! Bufa o comboio e começa a viagem, que iria ser longa. Ao iniciar a marcha a rapariga latina no acento ao lado do meu pergunta-me num espanhol fácil de entender, quantas paragens faltavam para Coimbra. Eu lá lhe disse que eram 6. Ela entretanto mostra-me o bilhete e eu reparo que ela está na carruagem errado. Calei-me que nem um rato. É que aquela rapariga era uma dádiva naquele comboio, devia ser a única além de mim que não trazia a casa atrás. Por azar em Espinho entra um rapaz, que reclama o lugar da espanhola. Após uma breve explicação, ela vai para o lugar que o seu bilhete marcava. O rapaz que se senta ao meu lado, cheirava a ganza! Mas muito! Parecia saído de uma sala de chuto, e vinha carregado que nem uma mula. Ficámos apertados no meio de tanto saco.
A partir daqui tentei adormecer, tarefa quase impossível, pois em cada estação que parávamos entrava alguém que me espetava com um saco de cama na cara, ou me atingia com um cantil na cabeça. Entre Coimbra e Santarém começa-me a dar a fome. Porque não trouxe umas bolachinhas, pensei eu. O pior foi quando ouvi as tampas dos taparwares a saltar, e de imediato se solta um cheiro a rissóis, pizza, panados e batatas fritas que me puseram louco. Tive quase a dar um soco num dos fedelhos e roubar-lhe o rissol  guarnecido que estava a comer. Lá me aguentei, roendo as unhas.
13H52, chega o comboio ao Oriente e lá vou eu para a entrevista. Curiosamente correu muito bem. Será que toda a ganza que fumei passivamente me acalmou, e me deu a tranquilidade suficiente para fazer uma boa entrevista?

O início

O luciferanismo é a doutrina que procura virtudes como iluminação, sabedoria, orgulho, independência e liberdade de sua principal divindade, Lúcifer. Dado que não tem sido dado o interesse necessário o satanismo e em particular o Luciferianismo na blogosfera nacional, este blog vai tentar procurar cobrir essa lacuna que todos já demos conta.
Lúcifer está longe, mas sempre de olho em todos nós, pelo que os binóculos foram a forma que encontrámos para transmitir essa ideia.
Ok, não é nada disto… não somos seguidores de Satanás, nem de belzebu, nem de Lúcifer…
Este blog tem como objectivo comentar/criticar uma série de acontecimentos, sejam eles notícias ou factos que aconteceram na presença dos autores deste blog, procurando olhar para esse conjunto de situações o mais espirituosamente possível.