terça-feira, 26 de julho de 2011

Amigo

Amigo - deriva do latim amicus; amigo, que possivelmente se derivou de amore; amar, ainda que se diga também que a palavra provém do grego (in wikipedia).  Curiosa palavra cuja a sua utilização, para efeitos de adjectivação pode assumir diversos sentidos, consoante a expressão em que é utilizada, devido à riqueza da língua portuguesa. Tendo o que foi dito em consideração resolvi analisar algumas expressões correntes, que contenham a palavra amigo:

Amigo do amigo - Amigo do amigo é na minha opinião, uma expressão utilizada na maior parte das vezes, num contexto onde não faz qualquer sentido. Isto, porque costuma-se dizer, por exemplo, quando uma pessoa falece: " ah era tão amigo do seu amigo". Mas se uma pessoa não é amiga dos seus amigos, é amiga de quem? Que diacho! Ou que Diabo não estivéssemos nós no antro de Lúcifer. "Ai e tal era tão amigo do seu inimigo!" isto ninguém ouve, mas era tão mais bonito, podia ser que o mundo fosse mais pacífico.  Sinceramente incomoda-me  o abuso desta expressão, pois é geralmente utilizada por pessoas que não conhecem bem quem estão a qualificar. Por isso recorrem a um bordão fácil, que fica sempre bem, mesmo que não conheçam minimamente a pessoa. A língua portuguesa é rica em adjectivos qualificadores, diversificar nas palavras é a melhor maneira de descrever alguém, sendo assim se queremos realçar as virtudes de um conhecido devemos evitar a expressão " Amigo do amigo".

Amigo da Onça -  Amigo da Onça, normalmente é uma expressão utilizada para referir alguém com mau carácter. Nos dias que correm, eu não queria ser amigo de uma onça, mas amigo de muitas onças..... de ouro. A crise destaca sempre este material, com comportamento estável nos mercados. 
Esta expressão nasceu no Brasil, não fosse a onça um felino comum, em territórios americanos, e remonta a 1943, quando um cartoonista de seu nome Péricles de Andrade Maranhão, numa revista chamada Cruzeiro, lançou a seguinte anedota: 
Dois caçadores conversam em seu acampamento:

 - O que você faria se estivesse agora na selva e uma onça aparecesse na sua frente?
 - Ora, dava um tiro nela.
 - Mas se você não tivesse nenhuma arma de fogo?
 - Bom, então eu matava ela com meu facão.
 - E se você estivesse sem o facão?
 - Apanhava um pedaço de pau.
 - E se não tivesse nenhum pedaço de pau?
 - Subiria na árvore mais próxima!
 - E se não tivesse nenhuma árvore?
 - Sairia correndo.
 - E se você estivesse paralisado pelo medo?
Então, o outro, já irritado, retruca:
 - Mas, afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?

Podemos ver aqui uma exemplar de um cartoon, que achei engraçado:


Amigo do Alheio - No contexto popular e ainda mais nesta crise que, no nosso país está instalada e bem instalada, amigo do alheio ( ou ladrão) é utilizada muitas vezes, para qualificar, a classe política, que nos últimos anos governou Portugal.

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