sábado, 24 de março de 2012

Empreendedorismo Bacoco - Parte I

Decidi iniciar hoje, aqui no nosso grandioso blog, uma nova iniciativa. Assim, este será o primeiro post da saga “Empreendedorismo bacoco”.

Numa altura em que o empreendedorismo parece que é o tema da moda em Portugal e que somos um país cheio de empreendedores, não faltam discussões acerca de novas ideias, novos negócios, novas iniciativas. Todavia, muitas dessas ideias, negócios ou iniciativas esbarram na capacidade de investimento dos portugueses, já que parece que todos temos excelentes ideias, mas estamos no país errado para as aplicar. Ok, isto é o que, sendo-se politicamente correcto, se poderia dizer. Mas eu acho que o “problema” vai mais além que isso.

Parece que estamos num país completamente obcecado pelo empreendedorismo, em que se uma pessoa não tem vontade de ser empreendedor (sim, não é preciso fazê-lo, mas tem que dizer que tem vontade), é logo malvista. Eu não acho que esta obsessão seja negativa, antes pelo contrário, apenas acho que se está a sobrevalorizar algo que deveria partir de cada um. Não somos empreendedores só porque concordamos com o que os senhores que vão ao prós e contras dizem, com o que o Miguel Gonçalves (acho que todos conhecem, se não, Google) diz, ou com o que outros que, nestes últimos tempos têm tido mais notoriedade, dizem. Faz bem pensar nisso, mas não precisamos ser obcecados…

Tendo em conta esta pequena introdução, a ideia subjacente à saga “Empreendedorismo bacoco” é apresentar novas ideias que, apesar de parecerem estúpidas à primeira vista, podem, perfeitamente, ter sucesso.

Parte I – Feeling Bottle

Bem… o que vos trago hoje é uma ideia simples e facilmente aplicável no nosso país e que poderá transformar-vos no Boss que sempre desejaram.

Recentemente descobri que existe um livro em branco que se tornou best-seller (não sei se em Portugal, ou se em todo o Mundo), já que, apesar não ter nada para ler, apela ao espirito consumista, seja pelo facto de os consumidores verem nele algum significado, por acharem que é uma ideia tão genial que merece ser suportada, ou por pensarem que o livro é escrito com alguma tinta especial e, desta forma, compram vários exemplares para testarem esse facto.
O livro em branco não está directamente relacionado com a ideia de negócio que vos vou propor, mas se um livro branco é suficiente para se tornar num excelente negócio, porque é que qualquer ideia não o pode ser?

A ideia que vos proponho é muito simples e assenta na ideia de vender garrafas com sentimentos, em que nós, enquanto empresa e, numa primeira fase, principais produtores, utilizaríamos garrafas vazias e procederíamos ao seu enchimento com sentimentos.

Vocês perguntam: Como é que se enche uma garrafa com sentimentos? Bem, o simples facto de a garrafa ser fechada com um sentimento de alegria faz com que a mesma passe, automaticamente, a ser uma garrafa com alegria.

Este é o negócio ideal por várias razões:
- Quando estamos suficientemente alegres, não nos custaria fechar garrafas, pelo que não seria uma tarefa tão desinteressante como aparenta;
- As pessoas que estão num momento menos bom, poderão abrir uma garrafa de alegria e, desta forma, melhorar a situação em que se encontram.

Claro que no caso de sentimentos menos positivos, como a raiva, seriam mais difíceis de incluir nas garrafas, porque não estou a ver ninguém a ter calma e paciência suficiente para estar a engarrafar garrafas de raiva. Isso elevaria o preço, e dada a reduzida procura que se prevê (ou não), esta gama de garrafas seria realizada sob a forma de encomendas.

Resumindo, algumas vantagens que poderiam ser apresentadas aos consumidores por terem várias garrafas com sentimentos em casa:
- Ajustar o estado de espírito às situações que nos encontramos;
- O sentimento incluído na garrafa não tem prazo de validade, pelo que pode ser utilizado até se esgotar;
- Produto para coleccionador (Ex. “Tenho aqui alegria de 1993 e alegria de 2010, são mesmo diferentes”, ou “pah… ainda tenho uma amostra de alegria em casa”).

1 comentário:

  1. É uma ideia deveras genial...
    Penso que foi na Guarda que um senhor se lembrou de encher garrafas de ar puro das montanhas dessa região para que as pessoas da cidade se envolvessem de ar puro sempre que o quisessem.
    Logo, essa ideia de negócio, muito interessante, deveria ter em conta também se a alegria se apresenta sob ar puro do campo ou ar poluído da cidade. Não vamos correr o risco de alguém com alguma doença respiratória perante tamanha alegria citadina...
    O mundo é um lugar estranho e propício a coisas estranhas, por isso, vê lá se depois arranjas uma garrafinha de alegria especial Queima das Fitas!!XD
    Um abraço

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