A minha paixão pela sétima arte tem crescido nos últimos tempos, por isso tenho visualizado alguns dos grandes filmes do cinema mundial.
Ontem à noite tive a ocasião de ver uma das grandes obras, de Charlie Chaplin, Modern Times de 1940. O filme não é extraordinário apenas, por causa da excelente interpretação de Charlot, é o também por causa da mensagem subjacente que transmite. O filme conta a história de um homem, que tem dificuldade em manter um trabalho, acabando muitas vezes preso, por causa da sua aselhice e por causa do tempo de crise que se vivia nos USA, com a grande depressão dos anos 30.
O talento e o humor físico imperam, bem como as excelentes composições melódicas, que ecoam no preto e branco da película.
Mas, na minha opinião o que torna o filme tão especial é sua mensagem. O relato da miséria e da falta de emprego com o consequente aumento de criminalidade, obrigam o espectador a efectuar um contraste entre épocas. A época da crise onde tudo falta e a pobreza é evidente e a época seguinte em que a condição de vida da maioria dos americanos era elevada. Neste momento, o Estados Unidos e o mundo, estão a atravessar uma grave crise, em vários quadrantes, nomeadamente: a crise da dívida soberana de algumas nações, a crise económica pela desaceleração da economia mundial, e uma crise ao nível do emprego, onde a precariedade é cada vez maior. O desemprego é um dos temas fortes do filme, onde Charlie Chaplin muda cinco vezes de emprego e no fim acaba desempregado, bem como a sua companheira. Ou seja, como em Portugal tem acontecido, infelizmente vêem-se cada vez mais famílias, onde marido e mulher estão sem trabalho. O filme termina como referi com o casal desempregado mas com uma última frase de Charlie Chaplin mítica, dirigindo-se à sua amada: "Smile! C'mon!".
Apesar de todas as dificuldades é esta mensagem que quero passar, a vida deve ser encarada com um sorriso nos lábios. Os tempos que se avizinham não se vislumbram fáceis, mas temos de ter a noção que o mundo e o país já passaram por momentos muito piores.
Fiquem com um pequeno trecho do filme:
Neste "pedaço" do filme podemos ver uma cena engraçadíssima, onde Chaplin, por acidente "snifa" um pouco de cocaína.
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