terça-feira, 29 de maio de 2012

Made in Portugal

Todos nós devíamos defender os produtos nacionais, mas estes só parecem ser reconhecidos quando vão para o estrangeiro. É impressionante, alguém pode ser muito bom cá, ou um produto ser excepcional, mas se não for internacional parece que é menos apreciado. 

A imprensa também tem alguma culpa, dando sempre muito mais realce aos bons desempenhos de produtos e pessoas no estrangeiro, do que à aqueles que não saem deste quadradinho banhado pelo Atlântico, embora sejam igualmente bons. Para contrariar esta tendência poderia escrever sobre os bons produtos e pessoas que não se internacionalizaram, mas como isto tem dias que é um blogue de escárnio e maldizer, vamos falar dos produtos portugueses que tiveram mau desempenho no estrangeiro. 

E começamos, com um produto português tipicamente exportado, conseguem adivinhar? Se foram pelo têxtil ou pelo o calçado, ou mesmo para o pastel de nata, enganaram-se. O produto que vos trago vem do ramo das armas, mais precisamente uma metralhadora. Sim, Portugal, essa potência mundial, com o seu exército experiente e super-poderoso, exporta metralhadoras, só para vocês verem do que somos capazes. 

O caso que vos trago é da metralhadora "Lusa". E perguntam vocês, quantas meninas destas exportámos? 2000... Isto nem para um contentor dava, talvez para uma carroça. Podem ver no "i" a notícia mais ao pormenor.

Neste produto eu consigo extrair diversos factores que levaram ao insucesso de vendas:

  1. Exportar isto para os EUA, um país tão experiente em guerras, não me parece bem. Devíamos exportar isto para a Suíça, onde deverá haver poucas armas, para ver se aquele pessoal aprende a dar uns tiros de vez em quando.
  2. Dar o nome de "Lusa" a uma arma, não assusta ninguém, se se queria um nome patriótico, mas ao mesmo tempo assustador, devia dar-se o nome de Bruno Alves à metralha. 
  3. Por fim, a metralhadora é de alta precisão. No mundo inteiro os portugueses são conhecidos pela sua precisão, principalmente a fazer contas... not.
Se calhar somos mesmo bons naquilo que exportamos, pois não encontrei mais nenhum mau exemplo para vos mostrar. Bem... sendo assim, deixo-vos a sugestão de um filme de guerra, bastante bom e intenso, do mestre Stanley Kubrick. A história basicamente é sobre o dia-a-dia dos soldados americanos no Vietname, algo retratado em vários outros filmes, no entanto a lente de Kubrick dá-nos sempre outra visão da realidade.



Já que falámos de pessoal que vingou no estrangeiro, quero aproveitar para deixar um grande abraço aos meus primos do Luxemburgo e à minha tia Clarice que me lê da Colónia na Alemanha ( sempre quis fazer isto, mas nunca fui à Praça da Alegria )

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