quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Da Rússia com amor

As condições climatéricas do jogo de ontem, do Benfica, na Rússia fizeram-me reflectir um bocadinho. Dezasseis graus negativos, é muito grau negativo. Eu nunca fui ao país dos Czares, mas imagino como deve ser viver num país assim. Ainda há pouco tempo escrevi um artigo, sobre o frio, mas esqueci-me referir, sobre essa grande problemática do nosso tempo, que o frio é relativo. Para um Russo, um dia com zero graus é um dia óptimo e quente, para um português é o dia mais frio do ano. E se nós achamos frio, nem quero pensar nos brasileiros habituados ao clima tropical do seu país. 

Como referi anteriormente, nunca fui ao país de Lenine, mas imagino como serão as coisas. Por exemplo, acredito que na Rússia, não existam arcas frigoríficas. Em vez de utilizarem estes electrodomésticos, os russos têm estendais na varanda, onde penduram aquilo que querem congelar. Como cá fora estão temperaturas negativas os alimentos conservam-se. Consigo imaginar, costeletas,bifes, pescadas e douradinhos pendurados com molas da roupa, pelos estendais, nas varandas das pessoas. Os depravados em vez de roubarem roupa interior das varandas, roubam bacalhau ultracongelado.

Os frigoríficos apenas servem de armário, para guardar alimentos. Para verem como tudo é relativo, um frigorífico na Rússia é um electrodoméstico que produz calor ( Professor Carvalho se está a ler este Blogue, eu sei que esta piada é sua). Acredito que a tradução para russo da palavra frigorífico, seja a palavra hotspotov.

Por exemplo, se for ao médico por causa de um pé torcido, ele recomenda: " Tome um anti-inflamatório e dê uma voltinhas na rua, em corsários e de havaianas, faça séries de 5 min." Em vez de recomendar gelo. 

Mesmo as matrioskas, que para os que não sabem são aquelas bonequinhas que saem umas de dentro das outras, representam as mães que metem as filhas debaixo das saias para as proteger do frio. ( true story...)

Imaginem que há uma festa, e o gelo para o uísque acabou, o que se faz? Vai-se ao quintal, às árvores apanhar gelo.


Bem depois de tanta parvoíce deixo-vos  uma sugestão cinematográfica. Como de frio estamos a falar, obviamente que vos vou falar de um filme sobre a guerra fria. Um dos filmes que melhor personifica, este período da história mundial, é "O Candidato da Manchúria". O filme, de 1962, está repleto de referências ao comunismo, às conspirações e à espionagem que existiam naquele tempo. Em breves palavras, um ex-combatente americano da guerra da Coreia, sofre uma lavagem ao cérebro e começa a seguir interesses soviéticos. Esta película conta com desempenhos muito interessantes de Angela Lunsbury e Laurance Harvey e na minha opinião, com com uma excelente performance de Frank Sinatra. O filme contou com um remake em 2004, com Denzel Washington como cabeça de cartaz. 

PS: Não, o título deste artigo não teve nada a ver com a entrada de Bruno Alves ontem sobre o Rodrigo.

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